Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Dólar tem alta após PIB dos EUA e de olho em Trump

Publicado 30.07.2020, 10:35
Atualizado 30.07.2020, 11:45
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha leve alta ante o real nesta quinta-feira, depois de oscilar entre ganhos e perdas, um dia após a reunião do Federal Reserve e conforme os mercados digeriam dados sobre a atividade econômica dos Estados Unidos e notícia de que o presidente norte-americano levantou a possibilidade de adiar as eleições de novembro.

O Produto Interno Bruto dos EUA recuou a uma taxa anualizada de 32,9% no último trimestre, o maior declínio desde que o governo começou a manter registros, em 1947, informou o Departamento de Comércio norte-americano nesta quinta-feira. A queda foi mais que o triplo do declínio histórico anterior de 10% no segundo trimestre de 1958. A economia registrou contração de 5,0% no primeiro trimestre.

Ainda assim, a queda apresentada no segundo trimestre não foi tão acentuada quanto se esperava. Economistas consultados pela Reuters previam que o PIB norte-americano teria contração de 34,1% no trimestre de abril a junho.

"O dado apontou uma queda menor do que a esperada na margem anualizada; isso está limitando a alta do dólar e o real diminuiu seu ritmo de perda depois das 9h30", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

Mais cedo, instantes antes da divulgação dos números norte-americanos, o dólar à vista havia tocado a máxima da sessão, de 5,2171 reais, alta de 0,87%. Na mínima, o dólar caiu a 5,158 reais, queda de 0,28%.

Ainda no radar de investidores, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou nesta quinta-feira a possibilidade de adiar a eleição presidencial de novembro, apesar de a data estar determinada na Constituição do país.

Não ficou claro se Trump falou sério, e tal medida exigiria uma ação do Congresso, que detém o poder de programar as eleições.

Para Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, ainda não houve tempo de investidores digerirem a notícia, mas ele ressaltou que essa medida teria impacto sobre os mercados, uma vez que as chances de reeleição de Trump têm ficado sob pressão.

Segundo ele, "o mercado hoje está "andando de lado". "O mercado de dólar está oscilando muito à mercê das notícias referentes à pandemia e à economia, por isso fica assim sem rumo claro. Há que ter cautela neste momento."

Na véspera, o Federal Reserve concluiu sua reunião de política monetária, e declarações do Fed e de seu chair, Jerome Powell, continuavam impactando o sentimento dos investidores. Em comunicado, o banco central norte-americano vinculou diretamente a recuperação econômica à resolução de uma crise de saúde cuja direção permanece muito incerta.

Powell disse que o salto em casos de coronavírus nos Estados Unidos e as restrições que visam contê-lo começaram a pesar na recuperação.

"Ainda que óbvio, o discurso de Powell escancara o fato de que tanto a economia ainda é dependente da série de estímulos governamentais, como o fim da pandemia ainda é condição sine qua non para que tal recuperação ganhe corpo", disseram analistas da Infinity Asset em nota.

As mortes em decorrência do novo coronavírus nos Estados Unidos ultrapassaram 150 mil na quarta-feira, nível mais alto do mundo.

No exterior, o dólar era ganhador contra pares arriscados do real, como peso mexicano, rand sul-africano e a moeda australiana.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Às 11:38, o dólar avançava 0,40%, a 5,1929 reais na venda. O contrato mais líquido de dólar futuro tinha alta de 0,32%, a 5,1875 reais.

Na véspera, o dólar spot registrou alta de 0,29%, a 5,1723 reais na venda.

No acumulado do ano, o dólar sobe perto de 30% contra a moeda brasileira, o que, segundo muitos analistas, é resultado do cenário local de juros baixos e investimento fraco.

Últimos comentários

A alta era previsível. Muitos podem achar que o dólar está esticado, mas na verdade é o real que iniciou há 6 anos um movimento de desvalorização contínua. Mesmo que o dólar venha a se desvalorizar perante Euro, Franco Suiço ou Iene Japonês, não acontecerá o mesmo com o a dupla USDBRL, visto que os fundamentos macroeconômicos do Brasil só se deterioram. Não importa que os correligionários do governo aqui me negativem. É a mais pura verdade. Dólar deve chegar a 15 reais em alguns anos.
Esse comentário de previsão sua me lembra uma famosa citação de um filósofo galês: o problema do mundo é que os sábios tem dúvidas e os tolos carregados de certezas.
 Muito possivelmente, dentro de alguns anos. Quando no auge da crise de 2008 o dólar passou de 2 reais, mal sabia a gente que a situação chegaria ao ponto de alguém comemorar o dólar "cair" para 5 reais.
Agora tu paga 5 - 6 reais o dolar. Como disse Paulo Guedes, dolar barato até empregada doméstica estava indo para disney. Se informa sobre a relação do FBI com a Lava jato, outra, não precisa quebrar a industria pesada do país, era só prender os corruptos.
No Brasil bateu recorde de venda de porsche na pandemia. Se não conseguiu comprar é porque está no segmento errado!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.