Dólar sobe com ameaças tarifárias de Trump e Fed em foco

Publicado 09.07.2025, 09:14
Atualizado 09.07.2025, 10:05
© Reuters. Imagem ilustrativa de notas de dólarn17/07/2022nREUTERS/Dado Ruvic

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista subia ante o real nesta quarta-feira, conforme os investidores continuavam atentos às mais recentes ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto aguardam a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve.

Às 9h52, o dólar à vista subia 0,44%, a R$5,4707 na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,18%, a R$5,495 reais na venda.

Os movimentos do real tinham como pano de fundo a força do dólar ante divisas emergentes nesta sessão, com ganhos frente ao rand sul-africano e ao peso chileno, uma vez que os agentes demonstravam aversão a esses ativos na esteira das novas ameaças de tarifas por parte de Trump.

Trump afirmou na véspera que anunciará algo relacionado ao comércio com pelo menos sete países na manhã desta quarta, enquanto outros países serão nomeados à tarde.

Ainda na terça-feira, Trump ampliou sua guerra comercial global ao apresentar uma tarifa de 50% sobre o cobre importado e dizer que as taxas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos, há muito ameaçadas, serão aplicadas em breve. Ele ainda prometeu tarifas de 10% para países do Brics.

Em um sinal de alívio na questão tarifária estava o adiamento da imposição de tarifas abrangentes sobre uma série de países para 1º de agosto. O prazo anterior era esta quarta-feira.

As moedas de emergentes também pareciam estar devolvendo alguns dos ganhos acumulados no pregão anterior. Na terça-feira, o dólar à vista fechou com queda de 0,63%, a R$5,4466, no Brasil.

"Vejo a pauta das negociações tarifárias como principal driver hoje mais uma vez. Teremos o anúncio a ser feito pelo Trump. Ontem, ele reiterou a ameaça sobre o Brics", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Mais tarde, o foco dos investidores estará em torno da publicação da ata da reunião de junho do Fed, às 15h (horário de Brasília). Os mercados buscarão sinais sobre quando o banco central dos EUA poderá retomar os cortes na taxa de juros.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,08%, a 97,630.

Na cena doméstica, o pregão tinha poucos impulsionadores, influenciado pelo feriado no Estado de São Paulo que celebra a Revolução Constitucionalista de 1932.

Pela manhã, o mercado vai monitorar a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, a partir das 10h. Ele deve falar sobre economia e a atuação da autarquia.

Qualquer novidade em relação ao impasse sobre a tentativa do governo de elevar a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também pode movimentar as negociações. No momento, a disputa entre Executivo e Legislativo se encontra no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O retorno dessa pauta está na mira do investidor estrangeiro e local justamente por envolver o ajuste das contas públicas", afirmou Bergallo.

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