Bitcoin segura nível de US$ 112 mil apesar de vendas de baleias
Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nesta quinta-feira, na esteira das perdas da moeda norte-americana no exterior, conforme os investidores avaliavam números sobre a economia dos Estados Unidos em busca de sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve, com dados e falas de autoridades no Brasil também no radar.
Às 9h49, o dólar à vista caía 0,25%, a R$5,4047 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,25%, a R$5,410 na venda.
Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo a fraqueza modesta do dólar nos mercados globais, em que acumulava perdas contra a maioria de seus pares, incluindo divisas emergentes como o peso mexicano e o rand sul-africano.
Por trás do desempenho da moeda dos EUA estava a consolidação das apostas de que o Fed retomará os cortes da taxa de juros a partir de setembro, depois de um discurso "dovish" do chair Jerome Powell na semana passada e da pressão do presidente Donald Trump por cortes imediatos.
Essas apostas se mantinham firmes mesmo diante de dados nesta quinta-feira que mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia do mundo cresceu mais no segundo trimestre do que o estimado anteriormente. O país teve expansão de 3,3% no período, ante alta de 3,0% informada em julho.
Em tese, uma atividade econômica forte poderia ser um obstáculo para o Fed de retomar os cortes de juros, mas operadores ainda precificavam 84% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual em setembro, segundo dados da LSEG, com outro corte de mesma magnitude totalmente precificado até dezembro.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,26%, a 97,863.
Na cena doméstica, o dia será marcado novamente por falas de autoridades e divulgação de dados. Primeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concederá entrevista para o programa Balanço Geral MG, da RecordTV Minas, com previsão de veiculação às 11h30.
Depois, os agentes financeiros observarão às 14h falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em vídeo gravado para o evento Open Finance 5 anos, promovido pela autarquia e com a presença dos diretores de Regulação, Gilneu Vivan, e de Fiscalização, Ailton de Aquino.
Também à tarde, o Tesouro Nacional divulgará resultado primário das contas do governo central para julho, às 14h30.
O mercado também monitora qualquer novidade sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA, conforme o governo brasileiro segue tentando negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre bens do país.