Dólar opera em alta com tarifas e dados dos EUA em foco

Publicado 16.05.2025, 09:07
Atualizado 16.05.2025, 10:05
© Reuters. Casa de câmbio em São Paulon05/03/2020. REUTERS/Rahel Patrasso

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista tinha leve alta ante o real nesta sexta-feira, mas oscilava em margens estreitas, com investidores de olho em novidades sobre as negociações comerciais dos Estados Unidos com parceiros, enquanto aguardam dados econômicos da maior economia do mundo.

Às 9h43, o dólar à vista subia 0,27%, a R$5,6959 na venda. Na semana, a moeda acumula alta de 0,72%.

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,25%, a R$5,718 na venda.

Os movimentos do real nesta sessão acompanhavam a baixa volatilidade nos mercados de câmbio globais, com a divisa dos EUA com variações modestas ante pares forte, como o euro e o iene, e pares emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.

Os investidores têm evitado realizar grandes apostas em qualquer direção antes de terem mais notícias sobre o andamento das negociações tarifárias dos EUA com parceiros, depois que acordos fechados com Reino Unido e China deixaram os agentes mais otimistas no início da semana.

De forma geral, analistas temem que as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em abril, em particular as taxas sobre a China, provoquem uma recessão global. Com isso, qualquer indício de acordos comerciais entre os EUA e seus parceiros tem trazido alívio aos mercados.

"Embora Trump tenha recuado no tema tarifário, receios permeiam ainda de como ficará a questão entre os EUA e a China nessa guerra comercial e quais serão os impactos econômicos globais que possam ser esperados", disse Marcio Riauba, head da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,04%, a 100,810.

As atenções também se voltarão nesta sessão a novos dados econômicos dos EUA, com destaque para números de confiança do consumidor, às 11h, depois que dados fracos ao longo da semana para inflação e vendas no varejo aumentaram a expectativa por cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve.

No momento, os operadores precificam 56 pontos-base de afrouxamento pelo Fed até o fim do ano, com um corte de juros quase totalmente precificado para setembro.

Na cena doméstica, os investidores devem manter o foco no exterior, depois de terem retomado preocupações com o cenário fiscal brasileiro na véspera.

Na quinta, o dólar chegou a gerar forte pressão sobre o real no meio da tarde, em meio a especulações de que o governo estaria preparando um conjunto de medidas para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo um estudo para reajuste do Bolsa Família em 2026.

No entanto, a divisa norte-americana perdeu força depois de os relatos sobre estudos para o reajuste do Bolsa Família serem desmentidos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acrescentou que a equipe econômica está preparando medidas pontuais para assegurar o cumprimento da meta fiscal. O dólar à vista fechou em alta de 0,84%, a R$5,6803.

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