Por Yasin Ebrahim
Investing.com - O dólar voltou ao positivo na terça-feira (16), com novos sinais de um aumento acentuado nas infecções por Covid-19 nos EUA e em outras partes do mundo levando a compras de refúgios.
O índice dólar, que mede o dólar norte-americano em comparação com uma cesta das seis principais moedas, subia 0,29%, para 96,99, às 16h (horário de Brasília).
Um mês após os EUA começarem a suspender as restrições de bloqueio, alguns estados viram um forte aumento nas infecções por Covid-19, alimentando os temores sobre uma segunda onda da pandemia de vírus.
O Texas informou que as hospitalizações por Covid-19 aumentaram 8,3%, para 2.518 pessoas, o maior número visto pelo estado desde o início da pandemia, enquanto a Flórida, pela segunda vez nesta semana, estabeleceu um recorde diário para novas infecções.
Enquanto isso, em Pequim, os bloqueios foram estendidos para mais 18 comunidades residenciais, após um novo surto 'extremamente grave' do vírus, segundo relatos locais.
"A situação epidêmica na capital é extremamente grave", disse o porta-voz da cidade de Pequim, Xu Hejian, em entrevista coletiva. "No momento, precisamos tomar medidas rígidas para impedir a disseminação da Covid-19".
O aumento das infecções provocou algumas preocupações de que os bloqueios possam retornar, potencialmente provocando uma retração nos ativos de risco, o que resultaria em aumento da demanda do dólar.
"Ainda existem riscos à frente, que têm o potencial de devolver o papel do dólar como um porto-seguro", afirmou a Action Economics. A ameaça de novos bloqueios, o que significa que os mercados de ativos, muitos dos quais voltaram aos níveis pré-pandêmicos, “podem agora estar prontos para reveses", acrescentou.
O dólar também foi apoiado por uma queda na libra e no euro.
O par GBP/USD caía 0,19% para US$ 1,2578 e o EUR/USD caía 0,45%, para US$ 1,1271.