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Em ano eleitoral, Obama apresenta novo orçamento para reduzir o déficit

Publicado 13.02.2012, 18:57

Jairo Mejía.

Washington, 13 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta segunda-feira um plano orçamentário para 2013 centrado na redução do déficit e em favorecer à classe média em um ano marcado pela campanha eleitoral e pelos confrontos com os republicanos.

Obama propôs contas para o ano de 2013 no valor de US$ 3,8 trilhões, ao nível dos orçamentos dos dois exercícios anteriores, com um aumento dos ingressos por impostos de US$ 1,5 trilhão e investimentos em educação, energias renováveis e projetos de infraestruturas.

O líder defendeu a realização de cortes "difíceis, mas absolutamente necessários" para manter a disciplina e fortalecer a recuperação econômica e o aumento do emprego, em um ano no qual esses dados serão importantes para respaldar suas possibilidades de reeleição.

Cortes em áreas como a Defesa e um aumento dos impostos aos mais ricos são algumas das propostas do presidente para financiar investimentos em obras públicas e reduzir o desemprego e ao mesmo tempo cortar em 2013 o déficit até US$ 901 bilhões, equivalente a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para 2012, a administração Obama prevê um déficit de US$ 1,3 trilhão (8,5% do PIB), o que enterra a promessa de 2009 de recortar pela metade o desequilíbrio orçamentário em seu primeiro mandato presidencial.

Obama repetiu que é necessário aumentar os impostos às rendas mais altas para reduzi-los à classe média e evitar os fundamentos econômicos do passado que aumentaram a brecha entre ricos e pobres.

O presidente americano disse que "ainda estamos nos recuperando de uma das piores crises econômicas em três gerações. E o último que nos podemos permitir agora é repetir as mesmas políticas que nos conduziram a esta confusão".

A Casa Branca propõe o fim dos cortes aprovados pela administração de George W. Bush às receitas superiores a US$ 250 mil, que passariam a pagar cerca de 30% em impostos.

Esta nova tentativa de subir a pressão fiscal sobre os mais ricos é duramente criticada pelo Partido Republicano, que usou sua maioria na Câmara de Representantes para evitar qualquer tentativa de taxar as rendas altas.

"Elaboramos este orçamento em torno da ideia que nosso país foi melhor quando todos deram uma contribuição justa", afirmou Obama, que disse que se trata de "bom senso" e não de encorajar uma guerra de classes, como acusam os republicanos.

Para reativar uma economia que a Casa Branca espera que cresça 2,7% em 2012, o Governo americano propõe destinar US$ 800 bilhões a obras públicas e políticas de fomento do emprego e de formação.

Parte destes fundos viria das economias em Defesa, principalmente após a retirada de tropas do Afeganistão e do Iraque, no valor de US$ 850 bilhões, assim como uma menor contribuição do Estado nos programas de previdência de funcionários e cortes em subsídios agrícolas.

Em seu discurso no Colégio Universitário do Norte da Virgínia, o presidente americano declarou que as prioridades deste projeto orçamentário são apoiar o setor manufatureiro, reduzir a dependência do petróleo e promover uma educação acessível para formar trabalhadores qualificados.

No entanto, o presidente lembrou que tudo dependerá da aprovação do Congresso, que, como no caso da prorrogação dos cortes fiscais aos salários, não deu sinal verde a propostas econômicas de Obama em 2011 pela oposição republicana.

"Já vimos esse filme e não precisamos vê-lo de novo", comentou Obama, que pediu que o Congresso não volte a atuar com atraso e deixe de lado rixas ideológicas.

A apresentação das contas de 2013 foi feita com a intenção de demarcar o caminho para que, até 2022, os EUA possam cortar as despesas em US$ 4 trilhões e alcançar um déficit anual de US$ 704 bilhões (2,8% do PIB).

Além disso, este projeto orçamentário quer marcar a pauta para frear o aumento da dívida pública dos EUA, encaminhada para superar os US$ 16 trilhões, e um risco latente para a primeira economia mundial. EFE

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