Bruxelas, 14 mar (EFE).- A eurozona formalizou nesta quarta-feira o segundo resgate à Grécia e autorizou o desembolso de um primeiro pacote de 39,4 bilhões de euros, que será entregue em vários aportes.
O grupo de trabalho do euro, formado pelo "número dois" dos ministros de Finanças, reuniu-se nesta quarta-feira para formalizar a aprovação depois de completados os procedimentos nacionais e parlamentares, e depois que o eurogrupo desse nesta segunda-feira autorização "política" ao resgate, informou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Concretamente, os estados-membros da zona do euro autorizaram o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) a liberar o primeiro importe de 39,4 bilhões de euros.
"Este segundo programa constitui uma oportunidade única para a Grécia que não pode ser desperdiçado. As autoridades gregas devem seguir demonstrando um forte compromisso para manter o impulso dado à implementação, realizando de maneira rigorosa o esforço de ajuste nas áreas de consolidação fiscal, reformas estruturais e privatizações, estritamente em linha com o novo programa" de assistência financeira, indicou Juncker.
"Isso permitirá a economia grega voltar ao caminho sustentável, o que está no interesse de todo o mundo", assinalou.
O segundo resgate grego atinge 130 bilhões de euros e após a bem-sucedida troca de bônus entre o Governo grego e os credores privados, Atenas poderá reduzir sua dívida dos atuais 160% para 117% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, abaixo do percentual de 120,5% previsto inicialmente pelos parceiros internacionais.
Os cálculos são da troika, formada pela Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu.
Enquanto isso, a zona do euro está à espera do Diretório Executivo do FMI aprovar na quinta-feira sua contribuição ao segundo resgate, que nesta ocasião será inferior a um terço que normalmente fornece aos programas de assistência financeira da UE.
Na segunda-feira, o FMI esclareceu que o empréstimo de 28 bilhões de euros sugerido para a Grécia cancelaria todos os desembolsos pendentes até o momento correspondentes ao primeiro plano de resgate, com o que a contribuição final chegará a 18 bilhões de euros. EFE