Investing.com - A libra registrou alta de cerca de 1% frente ao dólar nesta quinta-feira e quase atingiu a máxima de 3 meses frente ao euro, após o ministro do Brexit, David Davis, sinalizar que Londres está considerando pagar por acesso aos mercados europeus após o Brexit.
O par GBP/USD subiu 1,1%, a 1,2643, às 10h49, no horário de Brasília, o maior nível desde 11 de novembro.
A libra ganhou força após Davis sugerir que o Reino Unido poderia efetuar pagamentos à UE em troca de acesso aos mercados europeus.
"O objetivo central aqui é obtermos o melhor acesso possível das mercadorias e serviços ao mercado europeu e, se isso incluísse o que ele está falando, então naturalmente avaliaríamos", afirmou David.
Os comentários alimentaram as expectativas de que a Grã-Bretanha pode evitar o "hard-Brexit", que causaria a perda do acesso britânico ao mercado unificado e à união aduaneira da UE em troca da recuperação do controle total de suas fronteiras.
O par EUR/GBP caiu 0,71%, cotado a 0,8407.
A moeda europeia continua sob pressão em meio às preocupações com a saúde do sistema bancário italiano antes do referendo constitucional, marcado para 4 de dezembro, que pode provocar a renúncia do governo.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mundo, registrou 101,29, afastando-se da máxima de 101,88 de quarta-feira e mantendo-se abaixo da máxima de 14 anos de 102,12, atingida na última quinta-feira.
A demanda por dólar continua forte após os relatórios econômicos positivos dos EUA sustentarem a possibilidade de elevação dos juros.
A renda e o gasto familiar nos Estados Unidos subiram pelo segundo mês consecutivo em outubro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, e outro relatório mostrou que o número de contratações do setor privado continuou apresentando ritmo sólido em novembro.
Os relatórios elevaram a confiança em um aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve, em dezembro.
Os investidores aguardam dados sobre o setor industrial dos EUA, que serão divulgados ainda hoje, e a publicação do relatório de empregos não agrícolas de novembro, marcada para esta sexta-feira.