XANGAI/PEQUIM (Reuters) - Gu Xiaomeng, professora de ensino primário de 24 anos, na cidade de Suzhou, no leste da China, diz que está entusiasmada com o novo iPhone X, que será lançado na próxima sexta-feira. O desafio para a Apple é convencê-la a comprar.
"Definitivamente estou interessada, mas atualmente não planejo ter um", disse Gu, cujo salário mensal de pouco mais de 6 mil iuanes (905,36 dólares) é menor que o preço do modelo de aniversário de 8.388 iuanes.
Para a empresa, que procura aumentar as vendas na China após vários trimestres perdendo de receita no país, a avaliação é de que Gu não está sozinha. Embora o interesse no celular seja alto, isso não se traduzirá necessariamente em vendas.
"O preço parece ser uma grande restrição na demanda do iPhone X, particularmente na China", disse o analista da Bernstein, Toni Sacconaghi, em relatório que mostra que três quartos dos entrevistados chineses ficaram entusiasmados com o próximo lançamento, mas apenas um quarto planejam comprá-lo.
Os investidores estão interessados em avaliar a demanda chinesa para o iPhone X, fundamental retomar o sucesso no maior mercado de celulares do mundo, onde a empresa perdeu parte do seu brilho - e participação de mercado -, conforme os fabricantes de telefonia local avançaram.
Mais barato, o iPhone 8, que atingiu o mercado em setembro, enfrentou vendas lentas, mas a Apple disse que as reservas para o iPhone X foram superiores as estimativas.
A empresa, que deve anunciar os resultados trimestrais na próxima quinta-feira, não comentou o assunto.
O serviço de mensagens da popular rede social chinesa Weibo também sinalizou alto interesse no lançamento, mas menor que a expectativa para o lançamento do iPhone 6, em 2014.
(Por Adam Jourdan e Cate Cadell)