Investing.com - O barril do petróleo se valorizou pelo quarto pregão consecutivo, retornando ao intervalo de US$ 45 - US$ 50. A commodity arrancou para a máxima de mais de um mês após ser negociada abaixo dos US$ 40 nos EUA no início de agosto.
Os contratos futuros de petróleo vendidos na bolsa de Nova York superaram os US$ 46,50 nesta terça-feira, enquanto o Brent ultrapassou a marca dos US$ 49 em Londres.
No pregão de hoje, a commodity ganhou força com a desvalorização do dólar, que perdeu 0,8% frente à cesta formada pelas principais moedas no mundo. A divisa caiu com a divulgação da inflação dos EUA, que ficou estável em julho, o que aumentou as apostas em um adiamento da política de aumento de juros do Fed.
O petróleo deu início ao atual rali com possibilidade de que a Opep feche um acordo para estabilizar o mercado. O mercado reagiu com otimismo após a proposta ser considerada pelo ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, que afirmou que a alternativa será discutida em reunião informal do grupo no final de setembro, na Argélia.
A proposta tem adesão informal da Rússia, um dos principais produtores mundiais e não-membro da Opep. O país já havia tentado costurar um acordo com o cartel em abril para limitar a produção.
Apesar do mercado à época apostar no acordo, a Arábia Saudita declinou na última hora após fazer pressão para que seu rival regional, Irã, aderisse à proposta. O país persa rejeitou limitar sua produção enquanto não retomar aos patamares históricos pré-sanções das nações ocidentais, retiradas após fechamento do acordo nuclear.
Nos últimos dias, membros da Opep como a Nigéria e o próprio Irã traçaram uma perspectiva mais pessimista em relação a um possível acordo em setembro.
Também pelo lado baixista, o mercado mantém o olho nos dados dos EUA, que continuam a pressionar os preços da commodity. Os estoques do país têm se mantido em níveis recordes para a época do ano e têm reduzido em um ritmo muito inferior ao previsto.
A exploração de petróleo no país também se acelerou nos últimos dois meses com o aumento do número de sondas em atividade no país. O número de unidades em operação inverteu a tendência de queda e cresce há sete semanas, dando sinais de que a produção do país poderá se recuperar no médio prazo, estendendo a persistente sobreoferta.