Investing.com - O petróleo segue sua trajetória de baixa com os fundamentos apontando para a manutenção da persistente sobreoferta iniciada em 2014.
A commodity cedeu hoje 2% e se aproximou dos US$ 41,00/b nas negociações envolvendo o WTI em Nova York. Já o Brent, cedeu 1,5% e é vendido a US$ 43,20 em Londres.
O pessimismo em relação ao petróleo continua com a divulgação de manutenção dos estoques em alta nos EUA. Ontem, a agência de energia do país divulgou que os estoques subiram 1,671 milhão de barris na semana passada contrariando as previsões de queda de 2,257 milhões de barris, permanecendo em níveis recordes.
A decisão do Fed em manter os juros contribui para estimular as expectativas de uma economia mais fraca nos EUA, o que reflete em uma demanda menor da commodity.
Aumentando o pessimismo dos analistas, a produção dos EUA subiu pela segunda semana consecutiva com apoio do retorno da produção do Alasca após o reparo de dutos de escoamento. Retirando o estado, a produção caiu 12 mil barris, em uma das menores reduções semanais dos últimos meses.
Na sexta-feira é a vez da Baker Hughes divulgar o número de sondas de exploração em atividade no país. Há quatro semanas mais sondas entram em operação, chegando a 371 unidades, segundo o último dado publicado.
Apesar do número de sondas ainda estar em um patamar baixo comparada às mais de 1.600 unidades ativas em meados de 2014, a recuperação pode indicar uma tendência de aumento nas atividades exploratórias no pais.
O receio é que o patamar atual de petróleo seja suficiente para reverter a tendência de queda na produção norte-americana. A queda da cotação do barril desde 2014 e que atingiu a mínima de US$ 26/b desestimulou o investimento no desenvolvimento de novos ativos, o que fez com que a extração caísse mais de 1 milhão de barris/dia no último ano.