Berlim, 15 abr (EFE).- Antes de 2013, o PIB alemão não conseguirá
recuperar o nível alcançado em 2008, quando a explosão da crise
financeira levou a recessão mundial, afirmaram em um relatório
conjunto os principais institutos de estudos econômicos da Alemanha.
"A recuperação econômica da Alemanha pode acelerar ligeiramente
depois de 2011", diz o relatório.
Neste ano, os analistas esperam crescimento de 1,5% do PIB
alemão, uma revisão para cima da previsão anterior, quando estimavam
que neste ano o crescimento econômico na Alemanha seria de 1,2%.
Além disso, são ligeiramente mais otimistas que as previsões do
Governo, que esperam um crescimento de 1,4%.
Em 2011, segundo os institutos, será mantida a tendência de
recuperação e outra vez haverá crescimento de 1,4%.
Para o médio prazo, os analistas consideram que a perspectiva da
economia alemã piorou com a crise, o que torna mais lenta a
recuperação do nível de 2008.
Com relação ao mercado de trabalho, os institutos consideram que
este se mostrou "surpreendentemente robusto" desde que explodiu a
crise e atribuem isso às medidas como jornada reduzida, que ajudou a
evitar demissões, assim como à moderação salarial dos últimos anos.
Nas previsões, os analistas acreditam que o índice de desemprego
se manterá em 7,8% neste ano e descerá ao 7,6% em 2011.
A inflação seguirá sendo moderada e ficará neste ano em 0,9% e o
próximo do 1%.
O déficit alemão alcançará neste ano 4,9% do PIB e o próximo um
4,2%.
O relatório está elaborado pelos institutos de Munique, Kiel,
Halle, e Essen em cooperação com outros centros de estudos
estrangeiros. EFE