Pequim, 26 jan (EFE).- O ministro de Assuntos Exteriores da
Argentina, Jorge Taiana, afirmou hoje que a economia argentina
crescerá em 2010 em ritmo sustentável, a boa colheita permitirá
aumentar as exportações e a visita econômico-empresarial que faz na
China impulsionará o dinamismo comercial.
Taiana se reuniu hoje com o vice-ministro de Exteriores chinês,
Wang Guangya, e conforme explicou, "concordamos que o diálogo
político é muito positivo, há relações excelentes e muita
convergência no âmbito multilateral. Temos muitas possibilidades de
nos complementar e fazer coisas juntos".
Ao entregar a Wang uma carta da presidente argentina Cristina
Kirchner explicando as razões internas que a obrigaram a adiar a
viagem, teve a "compreensão" do Governo chinês, disse Taiana.
Após constatar a mútua vontade de impulsionar a relação
estratégica nas áreas econômicas e políticas e o elevado nível de
coordenação em temas bilaterais e multilaterais, econômicos e de
investimento, "concordamos trabalhar na busca de uma nova data (para
a visita presidencial)", acrescentou.
"Foi uma reunião muito boa e também conversamos sobre a
participação da Argentina na Expo Xangai 2010", manifestou.
No almoço empresarial posterior que presidiu junto ao subdiretor
de CCPIT (órgão promotor do comércio internacional da China), Yu
Ping, Taiana destacou que "em cinco anos, a China se tornou o
segundo parceiro comercial da Argentina com trocas comerciais em
2008 de US$ 14 bilhões".
Segundo Yu, o Livro Blanco que elaborou em 2008 o Ministério de
Assuntos Exteriores da China sobre a América Latina, "estimulou os
investimentos chineses para o continente".
"Argentina e China demonstram grande interesse em aprofundar as
relações bilaterais e adotam medidas para a cooperação. Por isso
convocamos 150 empresas chinesas para que estabeleçam contatos
diretos com as argentinas", afirmou.
Segundo o subdiretor do CCPIT, há vontade de ajudar as empresas
chinesas a explorar os mercados latino-americanos e a desenvolver a
estratégia de internacionalização.
Taiana, por sua vez, destacou que em 2009 ambos os países
combateram as consequências da crise com políticas ativas.
"Não temos dúvida de que a Argentina recupera seu ritmo
ascendente no setor agrícola, industrial e serviços, o que vai
refletir em oportunidades de negócio e capacidades exportadoras",
afirmou. EFE