Bogotá, 22 mar (EFE).- Os Governos latino-americanos, assim como o resto do mundo, reconheceram nesta terça-feira, no Dia Mundial da Água, as necessidades de seus países frente a esse tema e fizeram um chamado para que a população cuide desse recurso natural.
Segundo lembrou nesta terça o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "sem água não há dignidade nem maneira de escapar da pobreza", pelo que defendeu a luta para que 884 milhões de pessoas (uma em cada oito no mundo) possam ter acesso à água potável.
"Apenas na América Latina, 120 milhões de habitantes urbanos carecem de acesso à água adequada, enquanto 150 milhões não dispõem de serviços sanitários adequados", disse no Chile o encarregado do Escritório Regional da Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para a América Latina e o Caribe, Alan Bojanic.
Por exemplo, em 2015, 55% dos 5.565 municípios (onde viverão 71% da população) brasileiros sofrerão déficit no abastecimento de água, apesar do país ser a maior potência hídrica do mundo, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Águas.
A agência reguladora calcula que o Brasil deverá investir US$ 13,174 bilhões nos próximos cinco anos para impedir este problema.
Buscando fortalecer o apoio aos países em desenvolvimento para garantir o acesso à água e sua salubridade, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, assinaram nesta terça-feira em Washington um memorando de cooperação.
Segundo estatísticas citadas no evento, mais de cinco mil pessoas morrem todos os dias por males relacionas com o estado da água no mundo, a maioria crianças. EFE