Nova York, 7 mai (EFE).- O empresário mexicano Carlos Slim, o
homem mais rico do mundo segundo a revista Forbes, planeja dobrar
seu investimento atual no "The New York Times" e pleiteia a
possibilidade de comprar a revista "Newsweek", afirmou hoje o jornal
"New York Post".
Slim, filho de imigrantes libaneses, quer dobrar sua participação
no grupo de comunicação nova-iorquino, atualmente de 7%. Ele já é
também o maior acionista não relacionado com a família
Ochs-Sulzberger, dona histórico do periódico.
Assim o mexicano ampliaria sua presença no grupo de comunicação
do "Times", depois de tê-lo ajudado financeira em 2009 ao conceder
um empréstimo de US$ 250 milhões a uma taxas de juros de 14%, em
troca, além disso, das opções sobre as ações.
O "New York Post" afirma também que Slim está interessado na
revista "Newsweek", propriedade do grupo editorial "The Washington
Post", posta à venda nesta semana com a esperança de que outro
proprietário consiga frear os números vermelhos que atingem a
publicação.
Segundo o jornal nova-iorquino, na quarta-feira passada Slim
visitou os escritórios da revista, fundada em 1933, e se reuniu com
seus responsáveis para conhecer o estado da publicação.
A "Newsweek" registra perdas desde 2007 e deve fechar novamente
no vermelho esse ano, por isso sua venda se transformou em uma
prioridade para o "The Washington Post", dono da revista desde 1961.
Segundo o último ranking da "Forbes", a fortuna do engenheiro
civil de 70 anos que fundou sua primeira empresa quando tinha 25
anos ganhando em um ano US$ 18,5 bilhões e alcançando já os US$ 53,5
bilhões.
Com esse número, Slim roubou dos magnatas americanos o trono de
homens mais rico do mundo monopolizado por Bill Gates e Warren
Buffett durante 15 anos e que, desde que a "Forbes" elabora sua
famosa lista, jamais tinha sido ocupado por um latino-americano.
As ações da "The New York Times" Company perdiam nesta
sexta-feira na Bolsa de Nova York 2,28 % antes da metade do pregão,
quando eram negociadas a US$ 9 cada. Neste ano elas acumularam uma
perda de 27,1%. EFE