PEQUIM (Reuters) - O crescimento do setor industrial da China manteve-se estável em setembro, mas continuou fraco, em um sinal de que a segunda maior economia do mundo ainda luta para recuperar seu ímpeto.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial permaneceu em 51,1 em setembro, informou a Agência Nacional de Estatísticas, indicando uma modesta expansão na atividade e ficando ligeiramente acima da expectativa de 51,0.
O dado foi divulgado um dia depois de a China ter cortado a taxa hipotecária pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008 para impulsionar sua economia, e reforçou a visão entre alguns analistas de que a fraca demanda doméstica e o esfriamento do mercado imobiliário estão pesando sobre a atividade.
"Vemos o risco de o crescimento do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre desacelerar para 7 por cento" ante 7,5 por cento no segundo trimestre, disseram economistas do ANZ Bank em nota a clientes, destacando que o crescimento da produção de aço bruto do país atingiu mínima para o ano nos 20 primeiros dias de setembro.
O PMI desta quarta-feira, que é mais voltado para fábricas grandes e estatais, mostrou que a demanda por bens feitos por tais produtores foi mais forte na China do que no exterior, embora a tendência esteja enfraquecendo.
O subíndice de novas encomendas, medida de demanda estrangeira e doméstica, ficou em 52,2, contra 52,5 em agosto, mas bem acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Por outro lado, o subíndice de novas encomendas para exportação subiu para 50,2.
"A economia ainda enfrenta um grau de pressão para baixo", disse em comunicado Chen Zhongtao, autoridade da Federação de Logística e Compras da China, que ajuda a publicar o PMI. "Os números apenas pararam de recuar neste mês e ficaram estáveis."
(Por Koh Gui Qing)