Copenhague, 24 nov (EFE).- A montadora sueca de carros esportivos
Koenigsegg anunciou hoje a ruptura do acordo com a multinacional
General Motors (GM) para a compra de sua filial na Suécia Saab
Automobile, após seis meses de negociações entre as partes.
A Koenigsegg disse em comunicado que os atrasos para fechar o
acordo tinham gerado "riscos e inseguranças" que impedem a
realização com sucesso do novo plano de negócio para a Saab.
A GM tinha chegado a um acordo com o grupo Koenigsegg para a
venda da Saab em 18 de agosto, dois meses após fechar um pacto de
intenções.
"Lamentamos que após seis meses de trabalho intenso e centrado em
um objetivo tenhamos chegado à dolorosa e difícil conclusão de que
não vamos poder concretizar a compra da Saab Automobile", assinalou
em comunicado o diretor-geral da Koenigsegg, Christian von
Koenigsegg.
Von Koenigsegg mostrou seu mal-estar com os atrasos contínuos no
fechamento do acordo, previsto inicialmente para setembro, mas que
vinha sendo adiado progressivamente por dificuldades no
financiamento da compra da Saab, cujas vendas recuaram este ano
cerca de 70%.
O Banco Europeu de Investimentos aprovou em 21 de outubro um
crédito à Saab no valor de 4 bilhões de coroas (400 milhões de
euros), em conceito de desenvolvimento de técnicas de segurança e de
meio ambiente, considerado fundamental para o futuro da empresa e
que precisa ser aprovado pelo Governo sueco.
Vários investidores suecos tinham questionado a capacidade da
Koenigsegg, que conta com 50 empregados e fatura 10 milhões de euros
ao ano, de assumir a Saab, empresa que faz 94 mil veículos anuais e
tem quatro mil funcionários.
A Saab tem que enfrentar também uma dívida que chega a 1 bilhão
de euros. EFE