SÃO PAULO (Reuters) - Os preços médios da gasolina e do diesel vendidos nos postos do Brasil voltaram a apresentar leve queda semanal, enquanto o etanol hidratado ficou praticamente estável, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que já havia registrado movimento semelhante na semana anterior.
Entre 20 e 26 de novembro, a gasolina vendida na bomba ficou 0,27 por cento mais barata --ante queda de 0,16 por cento na semana anterior--, com uma média nacional de 3,665 reais/litro. O preço do diesel recuou 0,37 por cento --ante baixa de 0,33 por cento na pesquisa anterior--, para 2,984 reais/litro.
Os percentuais de queda são ainda mínimos na comparação com as reduções de preços praticadas pela Petrobras (SA:PETR4) em suas refinarias desde meados de outubro.
Na semana de 6 a 12 de novembro, os preços de ambos combustíveis chegaram a subir ligeiramente, apesar da redução nas refinarias, o que indica que agentes do setor estão se apropriando de margens.
O Sincopetro-SP, que representa o comércio varejista de combustíveis, afirmou na semana passada que, mesmo com as reduções nos preços das refinarias, houve pouca variação nos valores cobrados pela distribuidores de combustíveis.
Questionado sobre o assunto, o Sindicom, que representa as distribuidoras, afirmou apenas que "não tem conhecimento das políticas de preço adotadas por suas associadas".
A Petrobras tem dito que o impacto do reajuste no preço final ao consumidor depende de decisões de postos de combustíveis e das distribuidoras.
Os preços dos combustíveis fósseis nas refinarias estão sujeitos a alterações mais frequentes, com a nova política de preços da Petrobras anunciada em outubro, que tenderá a repassar movimentos de cotações do petróleo e câmbio, por exemplo.
A ANP informou ainda que o preço do etanol hidratado voltou a ficar praticamente estável na comparação com a semana anterior.
Entre 20 e 26 de novembro, a pesquisa apontou média de 2,816 reais/litro para o etanol hidratado, ante 2,815 reais/litro entre 13 e 19 de novembro.
(Por Roberto Samora; edição de Gustavo Bonato)