Washington, 22 set (EFE).- Os mercados dão como certo que o
Federal Reserve (Fed, banco central americano) não aumentará a taxa
básica de juros na reunião de dois dias que começa hoje, o que
provocou altas nas bolsas e quedas do dólar.
A decisão sobre o assunto, entretanto, só virá a público nesta
quarta-feira, às 14h15 locais (15h15 de Brasília), quando o Comitê
de Mercado Aberto do Fed divulgará um comunicado com sua decisão
sobre as taxas de juros e sua avaliação da situação econômica.
As bolsas internacionais apostam em um cenário de baixas taxas de
juros no mundo todo, o que permitiu uma tendência de alta nas
últimas semanas.
Atualmente, os investidores consideram que a reunião do Fed não
levará a grandes mudanças nas taxas de juros, que estão situadas
entre zero e 0,25%, nem a um endurecimento na política monetária.
Muito mais interesse desperta a cúpula de Chefes de Estado e de
Governo do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países desenvolvidos e
principais emergentes) que começa na quinta-feira em Pittsburgh
(EUA), para a qual há a expectativa por decisões sobre os rumos da
economia mundial.
Especialistas esperam que o banco central americano dê amanhã
algumas pistas sobre quando vai começar a suspender as medidas
extraordinárias postas em prática para fazer frente à crise, o que
não deve acontecer no curto prazo.
Desde o começo da crise financeira, há um ano, o Fed desembolsou
quase US$ 1 trilhão em resgates financeiros e em compra de dívida
pública e privada.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, disse na semana passada que
era "muito provável" que a recessão já tenha acabado nos EUA, mas
especialistas descartam que este relativo otimismo tenha algum
reflexo na decisão de amanhã. EFE