Investing.com – O dólar operou em forte alta na sexta-feira e o euro ficou mais fraco em meio a expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode aumentar as taxas de juros ainda neste ano, ao passo que o Banco Central Europeu pode ampliar seu programa de flexibilização quantitativa.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,33% para 94,76, recuperando-se das baixas de sete semanas alcançadas na quarta-feira. O índice ainda encerrou a semana em queda de 0,31%, sua terceira perda semanal consecutiva.
EUR/USD caiu 0,35%, para 1,1347, no final do pregão, após ter atingido uma alta de sete semanas de 1,1494 na quinta-feira, e encerrou a semana com perdas de 0,18%.
O dólar caiu na quarta-feira após os fracos números das vendas no varejo dos EUA terem diminuído as expectativas para um aumento das taxas neste ano.
Mas, um relatório quinta-feira mostrou que o núcleo de inflação nos EUA subiu mais que o esperado no ano até setembro, indicando que os preços ao consumidor devem aumentar.
O euro ficou em forte baixa na quinta-feira após o membro do Conselho do BCE, Ewald Nowotny, ter dito que medidas adicionais para impulsionar o crescimento dos preços na zona euro são necessárias.
As observações evidenciaram as expectativas de que o BCE vai flexibilizar ainda mais a política em sua próxima reunião na quinta-feira.
Dados na sexta-feira confirmaram que a taxa de inflação na zona do euro ficou negativa em setembro pela primeira vez desde o BCE lançou seu programa de compra de ativos de trilhões de euros em março, com o índice de preços ao consumidor em queda de 0,1 % em uma base de ano-sobre-ano.
Na sexta-feira, o dólar norte-americano também subiu em relação ao iene, com USD/JPY avançando 0,46%, para 119,43, saindo das baixas de sete semanas de 118,05, alcançadas na quinta-feira. O par ainda encerrou a semana em baixa de 0,63%.
USD/CHF subiu 0,41% para 9543, no final do pregão, e GBP/USD encerrou o dia praticamente inalterado em 1,5440.
Os ganhos do dólar foram colocados em xeque após a divulgação de relatórios econômicos mistos nos EUA.
A pesquisa de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan (UoM) se recuperou em outubro, após quatro meses de queda.
A leitura preliminar do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan ficou em 92,1, em comparação com as projeções de 89 e acima dos 87,2 em setembro.
Mas, outro relatório mostrou que a produção industrial caiu 0,2% em setembro, pressionada pela fraqueza no setor de petróleo e gás.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o resultado da reunião do BCE, na quinta-feira. Os dados de segunda-feira sobre o crescimento econômico no terceiro trimestre da China também serão observados de perto em meio a temores de que uma desaceleração no crescimento mundial liderada pela China poderia levar o Fed a atrasar o aumento das taxas por mais tempo.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 19 de outubro
A China deve divulgar dados sobre o crescimento econômico do terceiro trimestre, bem como relatórios sobre a produção industrial e investimentos em ativos fixos.
Mais tarde, a diretora do Fed, Lael Brainard, deve se pronunciar em um evento em Chicago.
Terça-feira, 20 de outubro
O Banco Central da Austrália (RBA) deve publicar a ata da sua última reunião de política monetária, para dar aos investidores uma visão sobre como as autoridades veem a economia e as suas opções políticas.
A Suíça deve publicar dados oficiais sobre a balança comercial.
O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, deve fazer um pronunciamento sobre BoE e a Cobrança de Serviços Financeiros perante o Comitê do Tesouro em Londres.
O Canadá deve produzir dados sobre as vendas por atacado.
Os EUA devem divulgar dados sobre os alvarás de construção e construção de imóveis residenciais novos.
O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e o diretor do Fed, Jerome Powell, também devem se pronunciar em um evento em Nova York.
Quarta-feira, 21 de outubro
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre o endividamento líquido do setor público.
O Banco da Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.
Quinta-feira, 22 de outubro
A Austrália deve divulgar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
Na zona do euro, a Suíça deve publicar dados sobre a taxa de desemprego.
O Reino Unido deve divulgar os números sobre vendas no varejo.
O BCE deve também anunciar sua decisão sobre a política monetária. O anúncio da taxa deve ser seguido por uma coletiva de imprensa após a reunião com o presidente do banco, Mario Draghi.
O Canadá deve publicar dados sobre as vendas no varejo.
Os EUA devem produzir dados sobre novos pedidos de seguro-desemprego e vendas de imóveis usados.
Sexta-feira, 23 de outubro
A zona do euro deve divulgar dados de levantamento sobre a atividade nos setores de manufatura e de serviços.
O Canadá deve resumir a semana com dados sobre a inflação ao consumidor.