O dólar hoje operou em alta generalizada hoje, após dados indicarem desaceleração da indústria em mercados avançados, mas melhora na atividade dos EUA. Em destaque, o dólar australiano perdeu fôlego contra a moeda americana após decisão de política monetária do BC local. Entre os emergentes, o rand sul-africano e o peso argentino registraram queda expressiva ante o dólar, em meio ao clima de cautela.
Às 16h50, o dólar avançava a 143,34 ienes, o euro caía a US$ 1,0985 e a libra tinha baixa a US$ 1,2781. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis rivais, registrou alta de 0,43%, a 102,303 pontos.
A moeda americana se valorizou em meio à divulgação de uma série de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês), os quais mostraram descompasso entre os Estados Unidos e outras economias relevantes.
Os PMIs de China, Japão, zona do euro, Alemanha, Reino Unido e global indicaram recuo na atividade manufatureira, enquanto os indicadores dos EUA registraram avanço, ainda que em território de contração (abaixo de 50).
O dólar pode subir ainda mais apoiado pela evidências crescentes de que a economia dos EUA está se saindo melhor que outras, compensando os sinais de que o ciclo de aperto monetário pode estar chegando ao fim no país, comentou o JPMorgan (NYSE:JPM) FX, após a publicação da maioria dos indicadores. A continuidade da política acomodatícia japonesa também fortalece a moeda americana ante o iene, segundo análise do banco.
Com esse pano de fundo, o dólar subia a 18,2936 rands sul-africanos. O PMI chinês, com a atividade industrial entrando em território negativo, colaborou para a correção da moeda da África do Sul, à medida que os investidores evitam os riscos da moeda emergente, de acordo com analistas ouvidos pela Reuters.
No mercado paralelo, o dólar blue subia a 555 pesos argentinos, segundo o jornal Ámbito Financeiro, a semanas das eleições primárias da Argentina. Pela cotação oficial, o dólar subia a 276,2945 pesos argentinos.
Já o dólar australiano recuou a US$ 0,6617 na esteira da decisão do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês) de manter a taxa básica de juros em 4,10% ao ano.