O dólar buscava nesta segunda-feira uma leve recuperação ante as principais moedas globais, após a forte desvalorização registrada na última sexta-feira, quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, sinalizou iminente corte de juros nos Estados Unidos. A sessão foi pontuada por um dado forte, ajudando a embaralhar as expectativas sobre o tamanho do relaxamento monetário, enquanto as tensões geopolíticos deram outro motivo para a busca da segurança da moeda americana.
O índice DXY - que mede o dólar ante rivais - subiu 0,13%, a 100,851 pontos, após ter atingido piso no ano na semana passada. O euro caía a US$ 1,1163 e a libra era cotada em queda, a US$ 1,3188. O dólar subia a 144,58 ienes.
Powell deixou a porta aberta para um corte de 25 e 50 pontos-base na taxa de juros em setembro no Simpósio de Jackson Hole na semana passada, mas um corte menor provavelmente será o primeiro passo, disse o cogerente do fundo de estratégia em títulos da Aegon Asset Management, Colin Finlayson, em nota. "A porta está aberta para qualquer um, mas o conjunto de dados atual parece mais consistente com um movimento de 25 pontos-base", disse.
Analistas do Danske Bank acreditam que a depreciação da divisa americana chegou ao limite, uma vez que a precificação no mercado por corte de 100 pontos-base na taxa básica do Fed este ano parece excessiva. "Embora reconheçamos a possibilidade de mais fraqueza do dólar no curto prazo, particularmente porque o sentimento positivo de risco persiste com cortes iminentes nas taxas pelo Fed e pelo Banco Central Europeu, acreditamos que as condições para uma fraqueza sustentada do dólar ainda não estão totalmente estabelecidas", avaliam.
Entre as moedas emergentes, o peso mexicano seguiu pressionado diante das tensões associadas à reforma do Judiciário.
*Com Dow Jones Newswires