O dólar se desvalorizou na comparação com rivais nesta quinta-feira, 30, após a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos indicar crescimento mais fraco do que o divulgado anteriormente. O movimento renovou expectativas por corte de juros do Federal Reserve (Fed) este ano.
O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, encerrou em baixa de 0,36%, a 104,716 pontos. Por volta das 17h (de Brasília), o dólar caía a 156,83 ienes.
O PIB americano cresceu 1,3% no primeiro trimestre, conforme a segunda leitura do dado divulgada hoje. O número veio abaixo da estimativa inicial e também representa uma desaceleração acentuada após a expansão de 3,4% nos três últimos meses do ano passado.
Depois da divulgação, a curva futura antecipou de dezembro para setembro a aposta majoritária para o começo do ciclo de relaxamento monetário do Fed, segundo plataforma de monitoramento do CME Group.
O quadro ampliou a pressão sobre o dólar no exterior. No fim da tarde em Nova York, a libra subia a US$ 1,2727, enquanto o euro avançava a US$ 1,0828. Mais cedo, a Comissão Europeia informou que o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu de -14,7 em abril a -14,3 em maio. Já a taxa de desemprego na região caiu a mínima recorde de 6,4% no mês passado.
Para o ING, o euro agora está mais próximo de seu valor justo na faixa dos US$ 1,08. "Não pensamos que haja motivos para um euro muito mais fraco, a menos que a liquidação dos Treasuries tenha mais uma etapa pela frente", diz.
Apesar do movimento de hoje, a Oxford Economics acredita que o dólar deve se fortalecer nos próximos meses. O diferencial de juros ainda deve seguir mais favorável aos Estados Unidos e o país apresenta melhoras em condições da balança de pagamentos, de acordo com a análise.
Entre emergentes, o dólar subia fortemente a 18,7964 rands sul-africanos, em meio à lenta apuração das eleições presidenciais da África do Sul. As parciais sugerem que o partido de Nelson Modela pode ficar sem maioria no Parlamento pela primeira vez desde o fim do Apartheid. Hoje, o BC do país manteve juros em 8,25%.