O dólar recuava no exterior no fim da tarde desta sexta-feira, 16, com uma devolução da alta da sessão anterior em meio a reações a dados do setor de construção nos Estados Unidos. O indicador abaixo do esperado trouxe pouca influência na precificação majoritária de relaxamento monetário brando pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em setembro, mas ampliou expectativa de redução no ano.
Na próxima semana, o mercado acompanhará os desdobramentos do Simpósio de Jackson Hole em busca de referências sobre a posição do BC dos EUA.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em queda de 0,50%, a 102,463 pontos, com desvalorização semanal de 0,65%. No fim desta tarde, a moeda americana cedia a 147,71 ienes, a libra subia a US$ 1,2944 e o euro se apreciava a US$ 1,1026.
Apesar da apreciação, a moeda da zona do euro pode ficar pressionada na semana que vem se as pesquisas dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do bloco forem fracas e o Federal Reserve reagir contra as expectativas de corte de juros do mercado, segundo a Monex Europe. Os PMIs da zona do euro serão divulgados em 22 de agosto e devem, provavelmente, reforçar o sinal de que o crescimento econômico no bloco é fraco, ponderaram os analistas da Monex em nota. O
Os comentários de membros do Fed em Jackson Hole podem levar os mercados a reduzir as expectativas de corte de juros, que parecem exageradas, completaram os analistas.
O iene voltou a ceder, em uma continuidade da dinâmica da véspera. O governo do Japão encerrou uma campanha de alerta que pedia cautela e preparação para um possível "megaterremoto". Analistas chegaram a citar que a moeda japonesa poderia receber fluxo de compra no caso de um tremor.
A libra esterlina estendia os ganhos para a segunda sessão após dados de vendas no varejo do Reino Unido mostrarem recuperação em julho, ainda que em um ritmo mais ameno do que o esperado pelos analistas.