O dólar operou em baixa nesta sexta-feira, com dados fracos de emprego nos Estados Unidos em janeiros sendo divulgados, e as perspectivas para a aprovação de novos estímulos fiscais no país. O euro se beneficiou da percepção de uma retomada mais lenta nos EUA, e recuperou parte das perdas que havia acumulado na semana ante o dólar. A libra também se valorizou na comparação com a moeda americana, impulsionada pela decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que ontem reduziu as chances da adoção de juros negativos.
O índice DXY, que mede o dólar frente outras seis moedas de economias desenvolvidas, fechou em baixa de 0,53%, a 91,042 pontos. Na semana, por sua vez, o cenário é de valorização, com o DXY ganhando 0,51%. O iene se fortaleceu perante o dólar hoje, após ter perdas recentes, e o dólar era cotado a 105,37 ienes no final da tarde em Nova York, ainda acima do nível simbólico de 105.
A divulgação de dados de emprego fracos nos EUA reforçou a percepção de que estímulos fiscais devem ocorrer no país. Outro aspecto foi a aprovação pelo Senado do mecanismo de reconciliação, que permite a aprovação de pautas por maioria simples (ou 51 votos), como poderia ser o caso de um novo pacote. A combinação de uma retomada mais lenta e um volume maior de dólares na economia pressionou a moeda.
No entanto, "qualquer revés para o dólar por conta dos dados pode ter vida curta, pois deixou a convicção intacta de que os EUA atuam como uma locomotiva líder do crescimento global" avalia a Western Union. No caso do euro, a consultoria avalia que desvalorização do dólar tende a seguir, após os ganhos de 9% em 2020. O euro pode cair para a faixa de US$ 1,10 a US$ 1,15 nos próximos meses, de US$ 1,20 atualmente, já que a recuperação da economia dos EUA deve superar a da zona do euro, na avaliação do analista Sebastien Galy, da Nordea Asset Management.
Na sessão desta sexta, apoiado por dados positivos da Alemanha, o euro se valorizou perante o dólar e no final da tarde, a moeda era cotada a US$ 1,2049.
Na quinta, em decisão de política monetária, a instituição informou que começaria as preparações para um eventual cenário de juros abaixo de zero, mas explicou que isso não é uma garantia de que o instrumento será usado. Para o Commerzbank, é improvável que essa ferramenta seja implementada. Desde então, a libra vem se valorizando perante o dólar, e hoje era cotada a US$ 1,3739.