O dólar caiu em relação a outras moedas fortes, no início de uma semana movimentada, com decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e indicadores importantes, como a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre.
No fim da tarde em Nova York o dólar subia a 108,13 ienes, o euro caía a US$ 1,2091 e a libra tinha alta a US$ 1,3908. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas principais, recuou 0,06%, a 90,807 pontos.
A Western Union apontou em relatório que o dólar oscilava sem muito impulso, à espera de acontecimentos mais importantes na semana, como a decisão do Fed na quarta-feira. Ela aposta que o Fed manterá a postura dovish e comenta que será crucial, para a movimentação do dólar, saber se o comunicado do BC americano reconhecerá que a economia passa por um boom, o que poderia abrir espaço para reduzir "um pouco mais cedo" os estímulos extraordinários atualmente em vigor.
O BBH, por sua vez, diz que o dólar "deve seguir sob pressão nesta semana", com os juros dos bônus americanos ainda contidos, na avaliação do banco de investimentos. "Nós continuamos a prever a retomada da força do dólar, mas isso exigirá um novo impulso nos juros dos bônus dos EUA", afirma o BBH em relatório.
Nesta segunda-feira, o iene também esteve sob pressão, em meio ao noticiário sobre casos da covid-19 em território japonês. Há temor sobre uma escalada de casos no país, menos de três meses antes da abertura prevista dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Já na Europa, o euro perdeu fôlego após o índice Ifo de confiança das empresas na Alemanha subir menos que o esperado em abril.
Ante moedas emergentes, o dólar avançou a 93,2981 pesos argentinos. A Argentina continua a ter problemas para garantir a entrada de dólares, o que provoca valorização da moeda americana no mercado paralelo, em quadro também de restrições oficiais à aquisição da divisa, enquanto o país continua a negociar novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).