O dólar era negociado sem direção única ante as principais pares nesta segunda-feira, 7, com queda frente ao iene e alta ante o euro e a libra, à medida que os investidores ainda mensuram as implicações para o rumo da taxa de juros nos Estados Unidos dos dados acima do esperado do payroll. A moeda japonesa se recuperava após comentários de autoridades japonesas de desconforto e alerta sobre a volatilidade nos mercados cambiais.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,02%, a 102,537 pontos. O dólar se desvalorizava a 148,10 ienes às 16h50 (de Brasília), após ter superado 149 ienes mais cedo. O euro cedia para US$ 1,0971, enquanto a libra era cotada em queda, a US$ 1,3081.
O dólar ainda se ajustava ao efeito do payroll, que motivou uma redução da probabilidade de corte de 25 pb na próxima reunião do Federal Reserve de novembro de 98,9% no fim da tarde de sexta-feira a 86%, por volta das 16h50 (de Brasília). Já a chance de manutenção dos juros crescia para 14% nesta tarde.
O dólar revertia valorização registrada mais cedo. O novo ministro das Finanças do Japão, Katsunobu Kato, comprometeu-se a considerar respostas políticas contra movimentos cambiais bruscos com base na forma como afetam a economia real. Separadamente, o principal representante para assuntos cambiais, Masato Kanda, disse que as autoridades monitoram os movimentos do câmbio incluindo transações especulativas, com um senso de urgência, de acordo com a Reuters. Para o banco suíço Julius Baer, a depreciação do iene é essencial para impulsionar mercado acionário no Japão.
O dólar se mantinha em alta ante a libra esterlina e rondava a estabilidade frente ao euro, já que o quadro de tensão geopolítica assegurava um suporte para a moeda americana.
"Comprar dólares parece ser uma boa forma de se proteger contra riscos geopolíticos, incluindo o risco de escalada de conflitos no Oriente Médio, e antes das eleições nos EUA", afirmam estrategistas do BNP Paribas (EPA:BNPP). O risco geopolítico tem sido subvalorizado, enquanto os investidores estão posicionados a descoberto no dólar, pontuaram.