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Moody's confirma nota da dívida dos Estados Unidos como "Aaa"

Publicado 23.11.2011, 14:49

Nova York, 23 nov (EFE).- A agência de medição de riscos Moody's confirmou nesta quarta-feira a nota atribuída a dívida dos Estados Unidos como "Aaa", considerada a melhor possível, apesar do fracasso das negociações dos partidos para a redução do déficit do país.

"Moody's coloca perspectiva negativa da classificação dos Estados Unidos por causa da necessidade de maior redução do déficit para reverter o atual quadro de aumento da dívida do país", explicou a agência em comunicado.

O comitê bipartidário do Congresso encomendou a elaboração de um plano pactuado de redução do déficit de US$ 1,2 trilhão nos próximos 10 anos nos Estados Unidos, mas a falta de acordo entre republicanos e democratas levou o supercomitê a reconhecer na segunda-feira sua incapacidade de chegar a um pacto a respeito.

Agora os legisladores deverão conseguir acordo para evitar os cortes automáticos em defesa e programas sociais pelo mesmo montante que entrariam em vigor em 2013.

"Apesar de que o comitê ter proposto medidas de redução do déficit consideravelmente superiores ao US$ 1,2 trilhão, o que teria sido positivo para a qualidade creditícia do país, seu fracasso não diminuiu o montante de redução do déficit que já foi legislado", explicou Moody's.

Nesse sentido, a agência de medição de risco garantiu que "a composição dos cortes da despesa não será fator crucial na classificação do país", mas a redução do déficit, sim.

O fracasso das negociações do chamado "supercomitê" não afeta a nota máxima da dívida soberana americana, mas "reduz as probabilidades que adotem mais medidas de redução do déficit antes das eleições de novembro de 2012", algo que de acordo com a agência de classificação "é necessário".

O anúncio da Moody's está em linha com o emitido na segunda-feira pela Standard & Poor's, que também decidiu manter a medição de risco da dívida americana em AA+, apesar do fracasso do comitê bipartidário, que tinha previsão de chegar a um acordo sobre o déficit desde agosto, quando o país esteve à beira da moratória. EFE

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