Kuru (Guiana Francesa), 13 fev (EFE).- O novo foguete Vega, a menor nave da Agência Espacial Europeia (ESA), foi lançado com sucesso nesta segunda-feira e, após uma hora e 21 minutos, conseguiu concluir com êxito "seu arriscado" voo inaugural, o qual tinha missão de pôr nove satélites em órbita.
O lançamento foi feito às 8h (horário de Brasília), no Centro Espacial Europeu de Kuru, situado na Guiana francesa, e foi operado pela empresa Arianespace. "A trajetória é normal, e a pilotagem é tranquila", repetiam os especialistas de empresa ao comprovar que a nave respeitava as previsões dos cientistas.
Levando em conta o caráter arriscado da missão de "qualificação", denominada VV 01, a comemoração do lançamento - traduzida em aplausos, abraços e polegares levantados - não chegou à sala até que a nave terminou de lançar sua carga útil.
"Já não há nenhum satélite europeu que não possa ser posto em órbita por um serviço de lançamento europeu", assinalou então o diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain.
"É um grande dia para a ESA, para seus Estados-membros, para a indústria Europeia, para Arianespace e, em particular, para a Itália - onde nasceu o Vega", acrescentou o ex-astronauta.
O lançador, de 30 metros de altura, 137 toneladas de peso e US$ 942 milhões de investimentos, colocou em órbita nove satélites científicos.
Os cientistas, que insistiam em dizer que este voo inaugural tinha um caráter experimental, temiam que o Vega repetisse o desastre do dia 5 de junho de 1996, quando o Ariane 5 explodiu um minuto após abandonar a plataforma de lançamento.
Viabilizado pela Agência Espacial Italiana e com apoio da França, Bélgica, Espanha, Holanda, Suécia e Suíça, a principal missão do Vega era comprovar se o mesmo se mostrava seguro, confiável e eficaz.
Com o sucesso de sua primeira missão, o lançador passará a ser uma opção viável para mais de 30 satélites que se ajustam a suas capacidades e que anualmente são postos em órbita com um preço de US$ 42 milhões por decolagem.
O Vega completa assim a série de lançadores europeus, que também inclui o Ariane 5, para cargas pesadas, e aos russos Soyuz, usados para cargas intermédias. EFE