Por Yasin Ebrahim
Investing.com – O dólar está se aproximando da "resistência crítica" que pode forçar alguma realização de lucro, mas este não é o momento de pessimismo, já que qualquer mergulho provavelmente será acompanhado por fortes compras, abrindo o caminho para avanços adicionais, dizem os especialistas.
O Índice Dólar, que mede a divisa americana contra uma cesta ponderada das seis maiores moedas, subiu 0,22%, a 93,99.
O dólar está se aproximando da "resistência crítica" de 94,47 a 94,76, o que poderia desencadear "alguma consolidação", afirmou o Commerzbank em relatório.
Embora a trajetória a curto prazo do dólar provavelmente apresente resistências, o cenário global para a moeda é favorável, já que outros dados econômicos positivos devem fortalecer o argumento do Federal Reserve para um aperto nas suas medidas de política monetária.
Os dados de terça-feira mostraram que o PMI de serviços ISM subiu de 61,7 para 61,9, confundindo as expectativa dos economistas de uma queda para 59,9.
Em um sinal de que as pressões inflacionárias permanecem elevadas, o componente de preços pagos do relatório não-manufatura do ISM mostrou que os preços pagos subiram de 75,4 para 77,5.
"Os preços pagos permanecem em um nível muito alto e são consistentes com uma série de outras métricas que refletem pressões elevadas de preços", afirmou o Jefferies em relatório.
O ritmo contínuo da inflação poderia forçar o Fed a aumentar as taxas de juros antes do que muitos esperam.
"[C]ontra um cenário de inflação elevada e de custos energéticos em rápido aumento, muitos participantes do mercado estão céticos de que o FOMC conseguirá manter estas taxas baixas por mais um ano, quem dirá dois", afirmou Stifel em relatório.
Além das expectativas de uma política monetária mais rigorosa, o dólar foi impulsionado pelo aumento da procura por portos seguros na sequência das dificuldades da China, que devem persistir.
"Os ventos contrários ao sentimento de risco soprando do setor imobiliário da China estão longe de ter terminado", afirmou o ING. "No câmbio, acreditamos que isto continuará a dar motivos para não haver pessimismo com o dólar..."