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Real tem melhor desempenho mundial com mais ajuste de posições e foco em reformas

Publicado 03.09.2020, 17:06
Atualizado 03.09.2020, 17:50
© Reuters. .

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar emendou a terceira queda consecutiva nesta quinta-feira, com operadores prosseguindo com movimento de desmonte de posições compradas na divisa norte-americana ante o real diante da melhora do ambiente doméstico para reformas.

O dólar à vista caiu 1,27%, a 5,2906 reais na venda, menor patamar desde 4 de agosto (5,2838 reais). A moeda oscilou entre alta de 0,32%, a 5,3759 reais (marcada logo no começo da sessão), e queda de 1,61%, a 5,2725 reais, já perto do fechamento do pregão no mercado à vista.

Em três baixas consecutivas, o dólar acumula desvalorização de 3,47%. Desde a máxima em mais de três meses (de 5,6124 reais) alcançada em 26 de agosto, a cotação perde 5,73%.

"O dólar foi por muitos dias, talvez meses, disfuncional para o outro lado", disse no Twitter Marcos Weigt, sócio da BR Advisors. "Tudo melhorava, mas o dólar subia... Claro que foi um movimento global, mas o real conseguiu a proeza de ser pior entre as moedas emergentes também! Portanto (o dólar) tem gordura para queimar", completou.

O real ainda cai 24,15% em 2020, de longe o pior desempenho global. No ano até a quarta-feira, o índice MSCI para moedas emergentes perdia 2,05%, queda muito mais branda que a de 25,11% do real no mesmo período.

A moeda brasileira mais uma vez liderou as altas entre as principais divisas nesta sessão, depois de recorrentemente figurar entre as piores posições da tabela.

O bom desempenho do câmbio foi associado ainda a zeragem de posições compradas em dólar para proteger exposição na bolsa brasileira. Sinal disso, a moeda dos EUA e o Ibovespa caíram juntos. O índice de referência do mercado de ações doméstico fechou em baixa de 1,28%, segundo dados preliminares.

"Se o dólar é bastante usado para seguro, e o cenário de reformas está dando uma clareada, normal reduzir um pouco o tamanho (desse hedge). Acho que isso está fazendo preço no dólar", disse um profissional com ampla experiência em operações de mesa de câmbio.

O governo do presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta quinta-feira sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa que restringe a prerrogativa de estabilidade no emprego para os servidores públicos e acaba com uma série de benefícios, como férias de mais de 30 dias e aposentadoria compulsória como punição.

Embora o envio do texto tenha sido visto como uma boa sinalização em termos de direção fiscal, alguns analistas de mercado fizeram ponderações. "A reforma administrativa é a termo (vai gerar economia apenas no futuro), e a reforma tributária (está) esquecida pelo governo", disse um estrategista.

Ainda nesta quinta, o mercado de câmbio recebeu bem dados positivos da produção industrial, que endossaram leituras de retomada econômica --o que deixa o país mais atrativo para fluxo estrangeiro.

© Reuters. .

Em julho, a produção industrial cresceu 8,0% na comparação com o mês anterior, com o resultado ficando acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho de 5,7%. E o PMI Composto do Brasil --uma medida do ritmo e intenção de atividade no setor privado-- mostrou crescimento pela primeira vez desde fevereiro.

O dólar caiu ante o real a despeito do fortalecimento da divisa norte-americana no exterior, em dia de forte baixa nos mercados de ações em Wall Street, em correção liderada pelo setor de tecnologia, o mesmo que puxou o rali do mercado norte-americano desde o crash causado pela pandemia de Covid-19.

O índice norte-americano Nasdaq --com forte peso de papéis de tecnologia-- encerrou em queda de 4,97%, enquanto o S&P 500 --referência nos EUA-- cedeu 3,46%, ambos de acordo com dados preliminares.

Últimos comentários

Sem intervenção do BC ?,ou foi o bofa que adiou o fluxo das realizações e entrou nos bancos pra dar uma disfarçada,de qualquer forma subindo ou não esses dias, ja deu pra notar que está tudo premeditado.
Impossível um título mais esdrúxulo para essa matéria...acho que vivo em Marte.....afff
Apesar de muitas notícias negativas o mercado ta vendo que não existe melhor lugar de oportunidades que o Brasil pelos fundamentos.
E quais são os fundamentos do Brasil, Luciano? Uma moeda exótica que saiu de 0,84 reais por dólar pra 5,30 por dólar em 25 anos? Um país com dívida de quase 100% do PIB e chegando a 1 trilhão de reais? Alto desemprego, baixa escolaridade, baixa demanda? Não entendi seu ponto.
o problema do Brasil é que o povo é mais do que desinformado....
Não entendo porque tanto ânimo. Nunca aceitei que o dólar tenha subido pra além de 3,70. Mesmo que o dólar caia pra menos de 5 reais vocês acham que isso é suficiente? Até há alguns meses o dólar já estava em 4,20. Qualquer valor acima de 3,70 já é absurdo.
 Aceitar não é no sentido de não chancelar ou não validar, Gustavo. Foi no sentido de "não me conformo com isso". Talvez a expressão não tenha sido a melhor, mas a ideia é de indignação. Hoje transformo essa indignação em algo útil, como comprar ações no exterior.
quem mandou colocar um cocô na presidência
 Eu mesmo não. Sempre votei no Lula e na Dilma. Eu gostava de ter dólar a 2-3 reais e Selic a 13-14%. Ganhava tanto na renda fixa quanto no dólar
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