Reservas internacionais caem 7,1% em 2024 com alta do dólar

Publicado 05.01.2025, 22:20
Atualizado 05.01.2025, 22:40
© Reuters.  Reservas internacionais caem 7,1% em 2024 com alta do dólar
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As reservas internacionais do Brasil caíram 7,1% em 2024 depois que a alta do dólar levou o BC (Banco Central) a realizar diversos leilões para controlar a disparada da moeda norte-americana no ano passado.

As reservas encerraram o ano em US$ 329,7 bilhões. Representa US$ 25,3 bilhões a menos do que em 31 de dezembro de 2023. O montante funciona como uma poupança do governo. Na prática, é um seguro contra possíveis crises externas.

O Banco Central vendeu um montante total de US$ 38,07 bilhões em leilões de câmbio em 2024. O ano registrou a maior saída de dólar desde 2000.

Dezembro concentra a maior parte dos valores leiloados, mês em que o dólar se manteve acima de R$ 6. Foram US$ 32,57 bilhões vendidos em 14 certames realizados. A moeda norte-americana fechou o ano a R$ 6,18, alta de 27,3% no acumulado de 2024.

Do total no mês, US$ 21,57 bilhões foram leilões à vista –operação que consiste na venda direta da moeda norte-americana no mercado. Outros US$ 11 bilhões foram em leilões de linha –venda de dólares com o compromisso de recompra com data e cotação definidas. Os recursos são das reservas, mas há reposição no futuro, quando houver a recompra.

Os leilões têm finalidade de aumentar os dólares em circulação, porque uma saída atípica de recursos torna o mercado cambial disfuncional. Na prática, as atuações ajudam a reduzir a cotação da moeda norte-americana, mas não há uma meta ou variação máxima em relação ao real para o BC adotar a intervenção.

DESVALORIZAÇÃO DO REAL

O real foi a 6ª moeda que mais desvalorizou no mundo em relação ao dólar no acumulado de 1º de janeiro a 19 de dezembro de 2024. O recuo foi de 21,7%, segundo levantamento do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, para o Poder360.

A moeda brasileira só não teve pior desempenho que a de países pobres, como a libra sul-sudanesa (Sudão do Sul), que lidera o ranking, com queda de 72,1% ante o dólar. Na América do Sul, o real só está à frente do bolívar soberano, da Venezuela, cuja desvalorização foi de 29,5%. O país vizinho tem problemas na parte econômica.

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