Por Gabrielle Tetrault-Farber
PYEONGCHANG, Coreia do Sul (Reuters) - O medalhista olímpico russo Alexander Krushelnitsky negou ter usado uma substância proibida em um caso de suspeita de doping que abalou a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang e que pode ameaçar os esforços da Rússia para recuperar sua reputação olímpica.
Krushelnitsky, que conquistou o bronze com sua esposa, Anastasia Bryzgalova, nas duplas mistas de curling, terá que comparecer a uma audiência do Tribunal de Arbitragem do Esporte em breve depois de ter sido flagrado em um exame pelo uso de meldonium, um medicamento que pode melhorar a capacidade física.
Em seus primeiros comentários desde que o exame positivo veio à tona nesta semana, Krushelnitsky disse que jamais tomou nenhuma substância proibida e que é categoricamente contra o doping.
"Só uma pessoa privada de bom senso pode usar qualquer tipo de doping, e especialmente (através de medicamentos como) o meldonium, antes da Olimpíada, na qual os exames estão em seu nível mais alto", afirmou ele em um comunicado publicado nesta terça-feira no site da federação russa de curling.
O caso provocou espanto nos atletas do esporte, uma espécie de xadrez no gelo que exige mãos firmes e concentração, e não boa forma física.
O ministro dos Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, saiu em defesa de Krushelnitsky nesta terça-feira, dizendo que o atleta não pode ter consumido um medicamento proibido deliberadamente.
"É óbvio que, neste caso em particular, o atleta não poderia ter usado uma substância proibida intencionalmente, simplesmente não faz sentido", disse ele à agência de notícias Tass.
"O curling, em teoria, não é o tipo de esporte no qual atletas desonestos se dopam", acrescentou.