Por Fernando Kallas
SEVILHA, Espanha (Reuters) - Quando o árbitro apitou o fim da partida que confirmou a classificação da Espanha para a Copa do Mundo após uma vitória emocionante contra uma corajosa seleção sueca, ecoou pelo estádio o nome da sensação adolescente dos espanhóis: Gavi.
Os torcedores espanhóis que esgotaram os 51 mil ingressos para a partida no estádio La Cartuja puderam finalmente celebrar após o gol de Alvaro Morata no final da partida encerrar o sonho da seleção sueca de liderar o grupo B das eliminatórias europeias, e Pablo Martin Paez Gavira, apelidado de Gavi, foi o xodó da torcida em Sevilha.
Menos de dois meses atrás, o menino não havia sequer começado um jogo pelo Barcelona. Hoje, cinco semanas depois de se tornar o jogador mais jovem a vestir a camisa da Espanha aos 17 anos e 62 dias de idade, ele é o símbolo da nova geração da "La Roja", que tentará buscar o segundo título mundial da Espanha no ano que vem no Catar.
"Gavi nasceu para jogar futebol", disse o técnico da Espanha, Luis Enrique, aos jornalistas após a vitória de domingo. "Ele é uma fera. Não é normal que alguém da idade dele tenha esse tipo de desempenho."
"Ele jogou um grande jogo como se estivesse em seu quintal. Ele tem muita personalidade", acrescentou Luis Enrique sobre o adolescente, que começou todos os últimos quatro jogos da Espanha.
Os espanhóis começaram o jogo contra a Suécia precisando evitar uma derrota para garantir a vaga no mundial de 2022, e o desempenho de Gavi foi elogiado por colegas, torcedores e imprensa, enquanto era aplaudido como o melhor da partida.
Ele tocou na bola 91 vezes, mais do que qualquer um no campo. Gavi também ganhou 10 de 15 disputas, foi bem sucedido em 92% dos passes e em cinco de oito dribles --maiores números de qualquer jogador espanhol durante a campanha de classificação.