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Investing.com - A combinação de gestão financeira com um cenário macroeconômico benigno contribui para o otimismo dos analistas do BB-BI com as ações de Assaí, destacando a operação sólida e as boas perspectivas para a companhia. O banco elevou o preço-alvo dos papéis da companhia de R$ 12,00 para R$ 14,00 no final de 2026 com recomendação de Compra.
Em relatório divulgado a clientes nesta quinta-feira (9), a analista Andréa Aznar destaca o cenário mais positivo para os supermercadistas devido a um mercado de trabalho mais resiliente e a inflação de alimentos em queda nos últimos 12 meses (com a desaceleração de 8,2% registrado no ano passado para 4,5% projetado para este ano). "Caso essa expectativa se consolide, e o mercado de trabalho permaneça resiliente, espera-se que a demanda por alimentos nos supermercados volte a patamares mais normalizados", avalia Aznar.
A apresentação de resultados neutros no primeiro e no segundo trimestres não tirou o otimismo do BB-BI com Assaí, mesmo sob o crescimento tímido da receita. "A companhia segue comprometida a reduzir seu nível de endividamento e tem mantido sua participação de mercado", destaca a analista sobre o comprometimento com a redução da alavancagem financeira.
Houve uma queda do indicador dívida líquida/Ebitda pré-IFRS de 3,65x no segundo trimestre de 2024 para 3,17x no mesmo período deste ano. A meta do atacarejo, de 2,6x até o fim deste ano, deve ser atingida, na projeção do BB-BI.
Porém, há um risco macro e um risco micro destacado pelo banco. O risco macro está relacionado com o setor do varejo como um todo, que sofre com a atual política monetária restritiva.
Já o risco micro é relacionado a imbróglios tributários com o Grupo Pão de Açúcar, com uma decisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ter atribuído responsabilidade solidária ao Assaí em relação a contingências fiscais do antigo controlador no valor de cerca R$ 36 milhões, o que derrubou o preço das ações do atacarejo.
No último dia 24, o Assaí divulgou em Fato Relevante que ajuizou medida cautelar solicitando a indisponibilidade das ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA) detidas pelo Casino, com o objetivo de se proteger de possíveis futuras contingências fiscais do GPA.
"Entendemos que, apesar de a questão trazer maior volatilidade ao papel no curto prazo, neste momento não existem riscos para a companhia, dado que não há necessidade de provisões", diz o BB-BI, ressaltando que o GPA está arcando com os custos do processo.
Os papéis do Assaí recuam 3,12% a R$ 8,38 nesta quinta (9). No entanto, acumula uma alta de 51,49% em 2025.