Por Rollo Ross e Danielle Broadway
LOS ANGELES (Reuters) - "Assassinos da Lua das Flores", filme de Martin Scorsese sobre os assassinatos de índios norte-americanos em Oklahoma na década de 1920, foi acolhido pelo povo Osage no centro da história, embora os eventos retratados sejam traumatizantes, disse a estrela Lily Gladstone.
"É uma celebração da representação, mas também aciona gatilhos e é uma coisa muito traumática de se testemunhar", afirmou Gladstone, membro dos Blackfeet de Montana, à Reuters em uma entrevista.
"O que eu continuei ouvindo, especialmente das mulheres Osage, é que o poder de conseguirem ver o filme juntas e falar sobre ele depois, elas sentem que o filme é vital e estão muito felizes com a divulgação dessa história", acrescentou.
"Assassinos da Lua das Flores", distribuído pela Apple (NASDAQ:AAPL) TV, chegou aos cinemas em 20 de outubro.
Baseado em um livro de David Grann, o filme conta como os Osage foram mortos pelo controle dos direitos petrolíferos que os tornavam ricos.
O filme também explora o casamento entre um homem branco, interpretado por Leonardo DiCaprio, e sua esposa Osage, interpretada por Gladstone. O personagem de DiCaprio, pressionado por seu tio, interpretado por Robert De Niro, participa da trama de assassinato, embora também ame sua esposa e filhos.
O filme se concentrou em parte em "uma história de amor muito distorcida, mas verdadeira", afirmou DeCaprio.
"Essas coisas realmente aconteceram", acrescentou.
Originalmente, no entanto, Scorsese focou "Assassinos da Lua das Flores" nos investigadores do FBI que trabalharam no caso.
Embora as representações de Hollywood sobre os índios norte-americanos tenham sido historicamente falhas, DiCaprio disse que o filme pretende contar a verdade. Scorsese procurou garantir que os Osage guiassem a história dentro e fora das câmeras, afirmou ele.