PARIS (Reuters) - Uma enorme bandeira da União Europeia pendurada no Arco do Triunfo na sexta-feira para marcar o início da presidência francesa do bloco nos próximos seis meses foi removida, neste domingo, após despertar a ira de líderes da extrema-direita e da direita.
O ministro de Assuntos Europeus, Clement Beaune, que na sexta-feira informou que a bandeira ficaria pendurada por "vários dias", disse que ela foi retirada como previsto.
"A retirada da bandeira estava agendada para este domingo, não havíamos estabelecido uma hora exata", disse Beaune à rádio France Inter.
Ele minimizou a ideia de que o governo havia cedido após a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, ter dito no domingo que apelava ao Conselho de Estado da França para que removesse a bandeira.
"O governo foi forçado a remover a bandeira da UE do Arco do Triunfo, uma bela vitória patriótica no início de 2022", disse Le Pen neste domingo.
Beaune respondeu: "Nós não recuamos, não houve mudança de planos... Eu acredito totalmente que o futuro da França é na Europa".
Ele disse que Le Pen e outros líderes entenderam tudo errado quando disseram que a bandeira da UE havia tomado o lugar da bandeira francesa, uma vez que a última não é exibida permanentemente no Arco do Triunfo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, que ainda não informou se vai concorrer à reeleição em abril, derrotou Le Pen no segundo turno em 2017 por 66% a 34% dos votos válidos.
A maioria das pesquisas mostra que haveria um novo confronto entre ambos na próxima eleição presidencial, com expectativa de que Macron vença novamente, ainda que por uma margem menor.
(Por Marc Angrand e Benoit Van Overstraeten)