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Lula diz que irá reforçar com Maduro empenho do Brasil na defesa da paz na América do Sul

Publicado 29.02.2024, 12:22
© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília
21/02/2024
REUTERS/Adriano Machado

Por Lisandra Paraguassu

(Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira que terá uma reunião bilateral com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na sexta-feira, e que dirá a ele que o Brasil irá se empenhar para que decisões sobre a região do Essequibo sejam tomadas "na maior tranquilidade possível", mas ressaltou que não espera uma solução rápida.

"O que nós vamos trabalhar é para que esse assunto continue sendo motivo de muita conversa, de muito debate, e que a gente possa encontrar uma solução da forma mais amigável possível. O que eu estou falando para vocês, vou falar para o presidente Maduro, já falei para o presidente Maduro", disse Lula a jornalistas que acompanham sua viagem à Guiana.

"O Brasil vai continuar empenhado para que as coisas aconteçam da maior tranquilidade possível. Se em 100 anos não foi possível resolver esse problema, é possível que a gente leve mais algumas décadas", continuou.

Lula disse que não tratou das negociações sobre o Essequibo na reunião bilateral desta quinta com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e afirmou que o tema também não fará parte da reunião com Maduro. Segundo o presidente, a hora que os dois países quiserem marcar uma reunião para discutir o assunto, o Brasil irá participar.

No entanto, conforme antecipou a Reuters, o assunto deve ser sim tema da conversa de Lula com Maduro às margens de reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em São Vicente e Granadinas, ainda que não seja uma negociação formal. O governo brasileiro quer ter certeza que, em um ano eleitoral em seu país, o venezuelano não irá aumentar novamente o tom contra a Guiana.

No final do ano passado, depois de um plebiscito em que a maioria aprovou o que seria a ocupação da região pela Venezuela, Maduro inflamou o discurso com ameaças de invasão e movimentação de tropas.

O discurso de Maduro irritou Lula, que fez chegar ao presidente venezuelano seu desagrado. Depois de um telefonema de Maduro a Lula, o Brasil passou a participar de mesas de negociações com os dois países, e o tom da disputa baixou.

"O presidente Irfaan sabe, como sabe o presidente Maduro, que o Brasil está disposto a conversar com eles a hora que for necessário, quando for necessário, porque nós queremos convencer as pessoas de que é possível, é possível, através de muito diálogo, a gente encontrar a manutenção da paz", disse Lula.

Mais cedo, em declaração à imprensa ao lado de Irfaan, Lula também defendeu a paz na região e disse que o Brasil não aceita a ideia de um conflito na América do Sul.

"A integração com a Guiana é parte da estratégia do Brasil de ajudar não apenas o desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como zona de paz no planeta Terra", disse Lula. "Esse é o papel que o Brasil pretende jogar na América do Sul e do mundo."

O território do Essequibo, ocupado pelo Reino Unido quando a Guiana ainda era uma possessão britânica, é rico em petróleo e outros minerais e representa dois terços do país. A Venezuela questiona a posse do Essequibo desde o século 19. No início do século 20, uma mediação feita em Paris deu o território aos britânicos, mas a Venezuela nunca aceitou. Atualmente, a questão deve ser decidida pela Corte Internacional de Justiça, mas o país também não aceita a jurisdição da CIJ.

Em sua fala, Ali, também sem citar diretamente a questão do Essequibo, afirmou que Lula era essencial para a manutenção da paz na região.

© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília
21/02/2024
REUTERS/Adriano Machado

Perguntado sobre esse papel pelos jornalistas que cobrem sua visita a Georgetown, Lula disse que era uma "gentileza" de Ali, mas afirmou que o sinal que o Brasil quer dar ao mundo é de diálogo.

"É preciso que a gente tenha um pouco mais de paciência para não gerar mais violência. Quando começa a violência a gente sabe como começa mas não como termina. É mais fácil começar uma reunião antes da violência que tentar fazê-la depois. É esse o sinal que o Brasil quer passar ao mundo", afirmou.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu, em BrasíliaEdição de Pedro Fonseca)

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