CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A cidade natal do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán está considerando abrir um museu do narcotráfico, disse o prefeito nesta quinta-feira, na esperança de atrair turistas para a área.
O museu, na cidade de Badiraguato, no Estado de Sinaloa, no noroeste do país, poderia contar as histórias de vários líderes do tráfico de drogas que nasceram na região, que é o coração do poderoso Cartel de Sinaloa, informou o jornal mexicano Reforma.
O prefeito de Badiraguato, José López, teria destinado cerca de 1 milhão de dólares para o projeto, segundo o Reforma.
O tema do novo museu ainda não foi finalizado, disse López em entrevista publicada pelo canal de notícias Milenio nesta semana, mas eçe observou que o tráfico de drogas é uma parte irrevogável da história do Estado.
"Não podemos negar nossa história... é possível que tenhamos um museu dedicado ao tráfico de drogas", disse López ao Milenio, acrescentando que a prioridade do governo local é incentivar o desenvolvimento econômico na região.
"Vamos ouvir especialistas de museus para nos orientar", acrescentou. "Não estamos fechados a nenhum assunto."
Avigail López, assistente do govero municipal, disse à Reuters que um museu está em construção, embora seu conteúdo e assunto ainda não tenham sido finalizados.
Guzmán, de 65 anos, foi condenado em Nova York em 2019 por traficar bilhões de dólares em drogas para os Estados Unidos e por conspirar para assassinar inimigos feitos por conta de seu papel como líder do Cartel de Sinaloa.
Ele está cumprindo pena de prisão perpétua na penitenciária Supermax, no Colorado, a prisão federal mais segura dos EUA, após ter escapado de uma prisão mexicana através de um túnel em 2015.
(Reportagem de Isabel Woodford e Raúl Cortes)