Investing.com – As empresas do setor de construção na bolsa de valores brasileira enfrentarão alguns riscos de queda nas ações em 2025, incluindo inflação, custos de materiais e juros mais elevados. Neste cenário, o Bank of America (NYSE:BAC) demonstra otimismo com as perspectivas de construtoras de baixa renda, mas visão desfavorável para média e alta, conforme detalhou em relatório divulgado a clientes e ao mercado.
As queridinhas são Cury Construtora e Incorporadora (BVMF:CURY3) e Plano & Plano (BVMF:PLPL3), que teriam “sólido crescimento dos lucros, forte geração de caixa e robustos rendimentos de dividendos”. As estimativas são de crescimento dos lucros de 40% e 45% ao ano em 2025, respectivamente. Para os rendimentos de dividendos, as projeções são de 11% e 12%.
As construtoras de baixa renda estariam com fundamentos sólidos e retornos atrativos, na opinião dos analistas Aline Caldeira, Carla Graca e Carlos Peyrelongue.
“A demanda de baixa renda não é impactada pela Selic mais alta no Brasil, dadas as taxas fixas subsidiadas no programa, enquanto o financiamento não depende do orçamento fiscal (usando o FGTS)”, esclarecem os analistas.
Assim, o banco também possui visão favorável para a MRV (BVMF:MRVE3), com valuation considerado assimétrico e recuperação dos indicadores em direção à geração de caixa.
Para renda média e alta, o cenário é de deterioração, com estoques elevados e picos de entrega em um cenário desafiador.
“Mesmo o forte momento de lucros tenha sido sólido para a Cyrela (BVMF:CYRE3) (exposta ao MCMV, superando os pares), um cenário macro barulhento deve explicar a maior parte do desempenho das ações de agora em diante”, conclui o BofA.