Atualizada às 14h42
Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) reduziu o preço-alvo das ações da Desktop (SA:DESK3), para levar em consideração um custo de capital mais alto e margens e premissas de crescimento mais conservadoras. O banco, porém, deixa claro que se mantém otimista com o ativo, que vem crescendo rapidamente através de aquisições estratégicas.
O preço-alvo para os papéis da Desktop foi revisado de R$ 45 para R$ 32 pelos analistas do BTG, mantendo a recomendação de "compra".
Por volta das 14h42, as ações da empresa recuavam 2,95%, a R$ 15,45, com mínima de R$ 15,20 e máxima de R$ 15,83. O Ibovespa operava com queda de -0,35% aos 118.470 pontos.
De acordo com analistas ouvidos pelo Investing.com, as ações da provedora de internet têm potencial de valorização de 100,26% a R$ 31,00 nos próximos 12 meses, com 6 analistas recomendando "compra" e 2 "venda".
Análise do BTG
O crescimento acelerado da Desktop deve exigir grandes investimentos nos próximos anos. O BTG estima que, entre 2022 e 2025, a expansão da fibra orgânica consumirá R$ 2,1 bilhões do caixa da companhia, o que pode ser financiado por meio do aumento da dívida.
O banco projeta que a alavancagem da empresa atinja um pico de 2,4x dívida líquida/Ebitda em 2022, com um acréscimo de R$ 900 milhões em M&A.
As compras de ISPs líderes no mercado em São Paulo consolidaram a Desktop como a principal força motriz da consolidação do segmento na região. Segundo os cálculos do BTG, as ações da Desktop são negociadas a 6,2x 22E EV/Ebitda, o que representa um grande desconto em comparação com ISPs globais, como a Brisanet que é negociada a 6,5x, mas também um prêmio em comparação com a Unifique, que negocia a 5,5x, por exemplo.