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ESPECIAL-Cartéis de cocaína dominam "paraíso" paraguaio do reverendo Moon

Publicado 10.08.2023, 13:30
Atualizado 10.08.2023, 13:35
© Reuters. Entardecer em Puerto Casado, no Paraguai
20/04/2022
REUTERS/Cesar Olmedo
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Por Gabriel Stargardter e Daniela Desantis

PUERTO CASADO, Paraguai (Reuters) - Era bem cedo em um dia de julho do ano passado quando policiais paraguaios escalados para combater o narcotráfico -- cerca de 30 deles -- voaram até uma enorme região de mata conhecida como Chaco para destruir cinco pistas de pouso usadas no transporte de drogas.

Situado no norte do país, o Chaco se transformou nos últimos anos em um dos principais pontos logísticos dos criminosos que levam as substâncias dos países andinos até o crescente mercado europeu.

A Reuters descobriu, ao cruzar as coordenadas das pistas de pouso interceptadas pelos policiais no dia 6 de julho de 2022, que quatro das cinco se situavam em terras pertencentes à Igreja da Unificação, uma ramificação cristã sul-coreana com teologia dissidente e associada ao reverendo Moon, líder religioso que morreu em 2012.

Sun Myung Moon, que se autoproclamava Messias e fundou a igreja em 1954, tornou-se um dos maiores proprietários de terras do Paraguai ao comprar terrenos no Chaco há quase 25 anos, como parte de um projeto de expansão na América Latina. A igreja, classificada como uma seita por críticos, é conhecida por realizar casamentos em massa e por manter um misterioso império comercial em vários lugares do mundo.

Duas autoridades antidrogas do Paraguai passaram à Reuters 11 coordenadas de pistas de pouso no Chaco, todas supostamente usadas para tráfico de drogas. A sobreposição desses mapas àqueles que mostram as propriedades de Moon -- fornecida por uma fonte da igreja -- mostrou que pelo menos cinco delas se encontram em terrenos do ex-reverendo, sendo que quatro foram alvos da operação naquele dia.   A polícia não encontrou entorpecentes ou aviões, e nenhuma prisão foi feita. Mas foi possível observar que havia cabanas ao lado das pistas de pouso com provisões básicas, camas e equipamento de rádio, de acordo com duas autoridades paraguaias que estiveram nos locais. Alguns dias depois, uma equipe com maquinário pesado e explosivos chegou para destruir a infraestrutura e tornar os aeródromos inoperáveis, disse uma das autoridades.

A Reuters não descobriu evidências que ligassem diretamente a Igreja da Unificação ou seus membros ao tráfico, nem de que a organização controle efetivamente as pistas no Chaco, também descrita como uma terra sem lei pelas autoridades do país.

Michelle Byun, advogada da Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial -- o nome formal da entidade no Paraguai -- disse em comunicado que a igreja está ciente da atividade ilegal nas terras e que coopera com a força policial.    “Tanto a igreja, com sua sede na Coreia, quanto seus membros são defensores da paz”, disse ela. “De forma alguma estamos envolvidos em atos ilícitos.”

As ações repressivas no Chaco mostram o tamanho do desafio para as autoridades que tentam combater o tráfico internacional de cocaína. Promotores dizem que o Paraguai enfrenta problemas na fiscalização de seu espaço aéreo e que não há radares na região. Isso permite que gangues voem com droga vinda da Bolívia e do Peru sem serem detectadas. Elas pousam as aeronaves nas pistas clandestinas, que nada mais são do que trilhas no meio da floresta. A mercadoria é então levada por terra ou água até portos do Brasil, do Uruguai e da Argentina, antes de embarcar para a Europa em contêineres.    A Igreja da Unificação é muito poderosa na região. Moon visitou o Chaco pela primeira vez na década de 1990, para pescar no Rio Paraguai. Em 2000, comprou quase 600 mil hectares, até então pertencentes a um conglomerado agrícola argentino. O preço: 22 milhões de dólares. O tamanho: aproximadamente dez vezes a ilha de Manhattan.     A compra de uma área isolada e inóspita por um milionário sul-coreano não passou despercebida no Paraguai. Em sua autobiografia, lançada em 2009, o reverendo se descreve como parte de “um movimento mundial para preservar as criaturas que vivem” no Chaco “na mesma forma imaculada que Deus as criou”. Ele disse que tinha o sonho de transformar aquelas “terras esquecidas” em um paraíso, e também em base para seus seguidores.    Mas não demorou muito para a igreja conhecer quais são os problemas da região.

Desde a compra por parte de Moon, moradores de uma pequena cidade contestam de forma veemente a posse da igreja. Após a morte do religioso, seus parentes dividiram a instituição em três grupos rivais, dois dos quais estão na Justiça disputando o controle das terras do Chaco. Recentemente, traficantes aumentaram sua presença no território.

Segundo a agência antidrogas paraguaia Senad e a promotora que encabeça o caso, as operações de 6 de julho eram parte de uma investigação sobre traficantes liderados por Miguel Ángel Servín. Ele foi preso em 2021, acusado de tráfico de drogas e associação criminosa.    As investigações começaram em 2020, com a descoberta de 3,4 toneladas de cocaína pela polícia belga, na Antuérpia, principal porta de entrada para a droga na Europa. Os entorpecentes estavam escondidos em uma remessa de carvão do Chaco, e a polícia conseguiu rastrear o caminho da droga até chegar ao criminoso. Ele continua na prisão, aguardando julgamento, e seu advogado diz que Servín é inocente.    Elva Cáceres, principal promotora do caso, confirmou à Reuters que algumas pistas de pouso que foram alvo da operação há pouco mais de um ano estavam localizadas em terras da igreja. Ela afirmou não ter informações de que membros da igreja estejam envolvidos com o tráfico.    Byun, a advogada da organização, entregou à Reuters um documento de abril de 2022 em que a igreja pede a procuradores paraguaios que investiguem as supostas atividades ilícitas nas terras. A papelada citava uma apreensão de 449 quilos de cocaína, em maio de 2021, nas terras da igreja, e também comentava sobre as pistas de pouso.    Marco Alcaraz, que era um dos promotores mais experientes do país no combate às drogas e que se aposentou na semana passada, confirmou que recebeu o material e enviou à Senad.     OPERAÇÃO CONTRA MEMBROS    Há pelo menos uma pessoa pública que tem ligações com a igreja e foi condenada por crimes relacionados às drogas. Trata-se de Cynthia Tarragó, que foi parlamentar entre 2013 e 2018 e presidente regional de uma ramificação da igreja.

No Paraguai a igreja tem ligações antigas com presidentes da República, políticos e ministros da Suprema Corte. Alguns até tiveram posições importantes na organização religiosa. Tarragó é uma delas. Em 2017, foi nomeada presidente da Associação Internacional de Parlamentares pela Paz (IAPP). Buyn, a advogada, tornou-se secretária-geral. O órgão reúne parlamentares de todo o mundo que estão dispostos a defender os interesses da igreja.

Em 2020, tanto a parlamentar como seu marido, Raimundo Va, confessaram ter cometido lavagem de dinheiro após serem flagrados em uma operação do FBI. Os agentes norte-americanos se disfarçaram de traficantes de drogas e entregaram dinheiro para que a política lavasse.

Antes da condenação, Tarragó foi apresentadora de TV e era considerada uma política em ascensão no Partido Colorado, que está no poder há 75 anos no país, com exceção de um período de cinco anos entre 2008 e 2013. Ela falava abertamente sobre sua ambição de ser a primeira mulher a presidir a nação e havia acabado de anunciar sua candidatura à prefeitura de Assunção, quando foi presa nos Estados Unidos em 2019.    Tarragó passou a aparecer em eventos da igreja em 2016. No ano seguinte, foi palestrante de um encontro global em Seul, segundo materiais da própria igreja. Em novembro de 2018, voou para Nova York com seu marido para outro evento, desta vez no hotel New Yorker, que por sinal é de propriedade da Igreja da Unificação.    Lá, o casal se encontrou com um agente do FBI disfarçado, que pediu que a dupla lavasse dinheiro do tráfico. Eles se prontificaram a fazer e disseram “quão barata era a cocaína e a maconha no Paraguai” e que “tinham uma rede que poderia importar a droga para os EUA”, de acordo com documentos da acusação.    Quando o casal foi preso em outra viagem aos EUA, no ano seguinte, já tinha lavado 800 mil dólares de dinheiro do FBI com a ajuda de um cúmplice no Paraguai, chamado Rodrigo Alvarenga Paredes, responsável por processar os recursos por meio de seu negócio de transferência de dinheiro.    Tarragó e Va foram condenados a 33 meses de prisão nos EUA. A política ficou presa de novembro de 2019 a abril de 2022. A Reuters não conseguiu contato com ambos.   A advogada Michelle Byun afirmou que o papel de Tarragó como presidente da IAPP era “apenas honorário”. A igreja retirou seu título após a prisão, de acordo com a defensora e documentos.

O cúmplice de Tarragó foi condenado no ano passado a dois anos de liberdade condicional nos EUA por realizar transferências de dinheiro sem licença para tal. Meses depois, foi preso em Assunção, acusado pela Polícia Federal brasileira de liderar uma quadrilha que enviou pelo menos 17 toneladas de cocaína para a Europa ao longo de dois anos. Ele está preso, aguardando extradição para o Brasil. Segundo Byun, ele não possui ligações com a organização religiosa.

Investigadores paraguaios acreditam que ele é ligado a Servín, o traficante que teria usado as pistas de pouso alvo da operação em julho de 2022, de acordo com a Senad. “Alvarenga era uma pessoa-chave na lavagem de dinheiro, e que trabalhava com Servín”, disse uma autoridade da agência que não quis se identificar.    Seu advogado, Rodrigo Álvarez, também defende o traficante Servín na Justiça. Álvarez nega que seus dois clientes trabalhavam juntos em atividades ilícitas, mas reconhece que se conheciam, por serem ambos de Pedro Juan Caballero, uma cidade violenta e dominada pelo tráfico que faz fronteira com o Brasil.

O advogado tenta impedir a extradição de Alvarenga ao Brasil.     TERRA SEM LEI    Uma série de plantações de coca nos Andes mudou a natureza do crime organizado na América Latina, exportando violência para nações até então consideradas pacíficas, como Chile e Equador.     O Paraguai, um país com histórico de corrupção, lavagem de dinheiro e contrabando, até anos recentes se via livre da violência causada pelo tráfico. Mas tudo mudou com a entrada no país de cartéis de drogas internacionais, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) brasileiro, considerado hoje o grupo criminoso mais poderoso da América do Sul. Em 2020, 75 membros do grupo fugiram de uma penitenciária em Pedro Juan Caballero, apesar de as autoridades terem conhecimento da operação para libertá-los.    Assassinatos de personalidades têm abalado o país. Em maio do ano passado, homens em uma moto aquática mataram Marcelo Pecci, um influente promotor antidrogas que curtia a sua lua de mel em Cartagena, na Colômbia. Uma semana depois, o assasinado foi José Carlos Acevedo, prefeito de Pedro Juan Caballero.

“Há muita corrupção aqui”, disse Acevedo à Reuters em 2020, durante entrevista na Prefeitura, a alguns metros de onde foi morto anos depois. “A polícia é totalmente podre.”    O dinheiro do tráfico corrompe muitos políticos do Paraguai. Dias depois do assassinato de Pecci e Acevedo, o presidente do país, Mario Abdo Benítez, afirmou que os cartéis cooptaram a elite política do país, incluindo muitos de seu próprio círculo, no que chamou de “silêncio cúmplice”.    “O crime organizado está tão dentro de nossa sociedade que não podemos garantir que não haverá violência”, afirmou. Sua equipe não respondeu a solicitações da Reuters para que comentasse os casos.    O Chaco, que fica perto da Bolívia e do Brasil, desempenha um papel importante no tráfico internacional de cocaína. Aviões pousam de forma tão frequente na região que moradores locais dizem que o céu noturno -- iluminado pelas aeronaves -- parece uma árvore de Natal.    Muita da cocaína que sai do Paraguai vai para a Europa, que segundo autoridades de Brasil, EUA e europeias tornou-se o maior mercado consumidor do pó branco. As apreensões da droga na Europa Ocidental e Central alcançaram o volume recorde de 315 toneladas em 2021, segundo o Relatório Mundial de Drogas da Organização das Nações Unidas. Os EUA registraram mais de 250 toneladas.    A maior apreensão de cocaína da história europeia, de 23 toneladas, em 2021, foi rastreada até um porto fluvial próximo a Assunção.    James Laverty, que até o ano passado era o diretor-assistente regional da norte-americana Administração de Fiscalização de Drogas (DEA) na América do Sul, disse à Reuters que o Chaco é a uma terra sem lei e uma das regiões mais importantes do mundo para o tráfico de cocaína: “Certamente possui um papel global”, afirmou.

PROBLEMAS NO PARAÍSO    O suposto tráfico em suas terras não é o único problema da Igreja da Unificação no Chaco. A entidade cresceu rapidamente após a sua fundação, na década de 1950, chegando aos EUA nos anos 1970, em meio a uma onda de religiões alternativas. Moon e sua esposa, Hak Ja Han Moon, conhecidos como “Verdadeiros Pais de Toda a Humanidade”, ficaram famosos pelos casamentos em massa, quando juntavam milhares de casais, alguns deles tendo se visto pela primeira vez.    Moon construiu assim um império global, investindo em coisas como pesca, fabricação de armas, imóveis e mídia. Alguns negócios faliram, mas outros não. O casal ficou rico.    Em 1982, Moon foi condenado nos EUA por evasão fiscal, após deixar de declarar 162 mil dólares de renda pessoal. Ele ficou preso por aproximadamente um ano. A sentença deixou o reverendo irritado com os Estados Unidos. Em um discurso em 1995, chamou o país de “nação em decadência” e disse que apostava nos “dias gloriosos da América Latina no século 21”.    Em 2000, após comprar ativos no Uruguai e no Brasil, Moon também adquiriu os terrenos no Chaco, pertencentes até então à Carlos Casado SA, uma gigante da agricultura que carregava o nome de seu fundador, um magnata hispânico-argentino do século 19.

© Reuters. Entardecer em Puerto Casado, no Paraguai
20/04/2022
REUTERS/Cesar Olmedo

A compra deu à igreja total controle de Puerto Casado, uma cidade construída para abrigar funcionários da Carlos Casado, pessoas que trabalharam por décadas em condições semifeudais, processando taninos de quebrachos da região.    Da noite para o dia, tudo na cidade pertencia a Moon: as casas, as ruas e até o cemitério. Os 6 mil moradores se deram conta de que as habitações em que viveram a vida toda agora pertenciam a um autoproclamado Messias da Coreia do Sul, o que irritou a população.    Quando executivos da igreja viajaram para fechar o negócio, os habitantes locais formaram uma corrente humana para impedi-los de sair do avião, onde tiveram que passar a noite. As atitudes iniciais da igreja para diminuir as tensões, como devolver o controle do cemitério à população, só pioraram as coisas.    Alguns locais também lembraram que Lorenzo Myung, uma autoridade da igreja, andava armado na cidade. Seu filho, conhecido como Lorenzito, “era ainda pior e mais agressivo”, ameaçando os moradores que olhassem diretamente a ele. O relato é de Martín Rodríguez, um padre espanhol de 87 anos que chegou a Puerto Casado em uma missão salesiana em 1980.    Ele e outros moradores acusaram ambos de envolvimento em um incêndio que destruiu a estação de rádio local, sediada dentro da igreja católica da cidade, e que fazia oposição ao domínio coreano.    Dora Irrazábal, a promotora que liderou as investigações sobre o incêndio, afirmou que os moradores e a igreja estavam “em guerra” quando ela chegou em Puerto Casado. Ela disse que Lorenzo Myung, considerado por ela um “homem agressivo”, acusou -- sem provas -- a população local de roubar propriedade da igreja. Já os moradores consideravam a procuradora um fantoche da Igreja da Unificação, por ela ter voado em um avião da organização.    “Foi um momento tenso”, disse ela. Irrazábal afirmou a investigadores que encontrou sinais de incêndio criminoso, mas que não havia evidências suficientes para acusar quaisquer pessoas.    Os Myung não responderam a pedidos de comentários enviados a seus perfis no Facebook (NASDAQ:META). Byun, a advogada da igreja, reconheceu que houve tensões com os moradores locais em Puerto Casado, mas se negou a comentar sobre o incêndio.    Os primeiros desentendimentos entre a cidade e igreja evoluíram para duas décadas de disputas. Em 2005, o Paraguai aprovou uma lei para desapropriar 52 mil hectares de terras improdutivas da organização, mas a medida foi derrubada dois anos depois pela Suprema Corte. Uma lei de 2007 obrigava a igreja a doar quase 30 mil hectares de volta para o povo de Puerto Casado e o governo paraguaio, mas a transferência até agora não se concretizou.    Alberto David Gauto é uma das pessoas que lutam contra a propriedade da igreja no Chaco. Ele está na prisão, acusado por autoridades de invadir e ocupar ilegalmente terras dos Moon. Um relatório da polícia obtido pela Reuters mostrou que ele também é suspeito de transportar cocaína, maconha e explosivos no norte do Paraguai.    Segundo os documentos, ele disse a um informante da polícia que recebeu treinamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 

Gauto não respondeu a uma mensagem no Facebook. Seu advogado, Emilio Camacho, também não respondeu.     CISMAS NA IGREJA

    As dificuldades da igreja no Chaco são reflexo de outros obstáculos enfrentados pela organização nas últimas duas décadas. Em 2009, uma disputa sobre o futuro da igreja fez o filho vivo mais velho do reverendo, Hyun Jin (Preston) Moon, formar a Fundação Global da Paz. O pai escolheu Preston como herdeiro, mas essa escolha foi rejeitada pela própria mãe, que preferiu seu irmão Hyung Jin (Sean) Moon. Hak Ja Han colocou Sean em posições elevadas na hierarquia da igreja, mas por pouco tempo. De acordo com Massimo Introvigne, diretor do Centro de Estudos de Novas Religiões, na Itália, a matriarca também se desentendeu com ele.     Após a morte do patriarca em 2012 e em meio a tensões com sua mãe, Sean deixou a igreja e fundou o Santuário da Paz Mundial e Unificação, com sede na Pensilvânia, uma seita pró-armas e com uma ideologia de extrema direita.    Os cismas impactaram as operações no Paraguai, onde a ramificação liderada por Preston Moon tem uma complexa disputal judicial contra a filial paraguaia -- liderada pela mãe -- para ter controle total do terreno no Chaco. Atualmente, eles dividem as propriedades da família.    Preston Moon não quis comentar, mas Sean disse que seu pai queria que ele herdasse “toda sua fundação, inclusive a propriedade no Chaco”. O líder afirmou desconhecer as atividades com drogas na região, mas alertou para as “trágicas consequências da usurpação da fundação global construída pelo meu pai” por parte da mãe.    Byun, a advogada da matriarca em Assunção, disse que a igreja foi injustamente “demonizada” pela imprensa local e que era “inegável” que a briga familiar tenha tido “um impacto negativo na visão futurística" do reverendo Moon para o Chaco.    “Infelizmente, a crise familiar entre os Pais Verdadeiros e um de seus filhos, de nome Preston, projetou uma imagem ruim da igreja, da qual ela não conseguiu se recuperar”, afirmou Byun.    Enquanto os Moon permanecem em guerra pela propriedade, narcotraficantes invadem cada vez mais o território, de acordo com a população local. Virgilio Chamorro, capataz da serraria de Puerto Casado, afirmou que o tráfico de cocaína nem sequer é mais segredo, pois a cidade se tornou “o coração dele”.

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