Goldman Sachs corta Bradesco para venda com previsão de recuperação do ROE mais lenta

Publicado 12.02.2025, 17:05
Atualizado 12.02.2025, 17:11
Goldman Sachs corta Bradesco para venda com previsão de recuperação do ROE mais lenta

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) cortaram a recomendação das ações do Bradesco (BVMF:BBDC4) para "venda" e reduziram o preço-alvo dos papéis para R$11,40, de R$14 anteriormente, conforme relatório enviado a clientes mais cedo nesta quarta-feira, assinado por Tito Labarta e equipe.

Na bolsa paulista, as preferenciais do banco recuavam 5,05%, a R$11,66, o pior desempenho do setor no Ibovespa. Itaú (BVMF:ITUB4) PN caía 2,83%, Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ON cedia 1,89% e Santander Brasil Unit (SA:SANB11) perdia 0,04%.

"Apesar de o Bradesco continuar a negociar perto de mínimas históricas e com um desconto acentuado em relação aos pares do Brasil, sua recuperação gradual da lucratividade provavelmente levará muito mais tempo do que esperávamos inicialmente", afirmaram os analistas.

"Nossas estimativas para o Bradesco implicam que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) permanece abaixo do custo de capital (COE, na sigla em inglês) em termos anuais até pelo menos 2027."

Eles destacaram que o ambiente macro desafiador no Brasil pode tornar a recuperação em andamento ainda mais difícil, "principalmente para um banco que precisa aumentar sua carteira de empréstimos para recuperar a lucratividade com um índice de capital abaixo da média, ao mesmo tempo em que faz investimentos significativos para ganhar participação de mercado com clientes de renda mais alta".

© Reuters. Bradesco em São Paulo
3/12/2024 REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo

Na semana passada, o Bradesco reportou balanço de 2024 e previsões para 2025, quando espera uma desaceleração do crescimento da sua carteira de crédito, enquanto o CEO, Marcelo Noronha, afirmou que um crescimento mais devagar do banco retarda um pouco o nível de retorno que poderia ter. Em 2024, o ROAE ficou em 11,7%.

Em paralelo, o Goldman Sachs elevou a recomendação da units do Santander Brasil para neutra, argumentando que a unidade brasileira do espanhol Santander conseguiu registrar ROE acima do custo do capital próprio nos últimos três trimestres, pelo menos, o que os analistas acreditam que pode continuar.

O preço-alvo dos papéis passou de R$25 para R$28, um "upside" potencial de quase 7% em relação ao fechamento da véspera.

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