Investing.com – Ainda que haja uma possível volatilidade no curto prazo, o grupo médico Hapvida (BVMF:HAPV3) continua a desfrutar de vantagens competitivas estruturais e oferece oportunidade com ponto de entrada, segundo relatório do Santander (BVMF:SANB11) divulgado aos clientes e ao mercado.
De acordo com os analistas Caio Moscardini e Guilherme Gripp, a discussão atual está voltada aos fundamentos operacionais. “Melhoria da sinistralidade médica é o principal debate e dependente de reajustes de preços no curto prazo”, reforça o banco, que avalia que reajustes mais elevados dos planos de saúde podem ser fundamentais para um reequilíbrio.
Segundo banco, o índice de sinistralidade médica pode melhorar 180 bps em relação ao ano anterior em 2023 e a projeção é de uma elevação do custo por membro ligeiramente abaixo da inflação.
Além disso, na visão do Santander, as preocupações de alavancagem e solvência regulatória saem do foco dos investidores após o anúncio de captação de recursos apoiada pela família Pinheiro, acionista controlador, além da venda de ativos imobiliários. “Enquanto nossos cálculos sugeriam que o Hapvida não precisava de dinheiro adicional, isso não era um consenso entre os investidores. Na sequência do anúncio de duas importantes iniciativas de angariação de fundos, o programa de solvência o debate praticamente terminou, em nossa opinião”, completam.
O Santander enxerga o valuation como atrativo e possui classificação outperform para as ações de Hapvida, com preço-alvo passando de R$7 para R$ 4,50, mediante projeções menores para este ano e estimativas mais conservadoras na adição líquida.