Investing.com – Indicadores financeiros de empresas do setor de energia podem ser pressionados devido à diminuição de um índice utilizado para revisão de tarifas. Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Inter Research apontou que companhias possuem correções atreladas ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). No entanto, empresas de transmissão como Taesa (BVMF:TAEE11) e Alupar (BVMF:ALUP11) contam com exposição maior a este último, que está negativo.
Em maio, o IGP-M caiu 1,84% e o acumulado de 12 meses representou um recuo de 4,47%, a maior deflação registrada pelo índice desde dezembro de 1994, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação pode resultar em correções menores neste ano e até mesmo reajustes tarifários negativos.
“O efeito que essa redução terá no topline das empresas ao longo dos trimestres é heterogêneo, já que envolve outros fatores, como parcela de ajuste, parcela variável e outros, mas o fato é que o novo ciclo será diferente dos demais, com um reajuste bem menor comparado ao dos últimos anos”, aponta o analista Rafael Winalda.
O Inter conta com recomendação neutra para a Taesa, com preço-alvo de R$40 para as Units. “É importante ressaltar que a Taesa vem adquirindo lotes nos últimos anos para renovação de seu portfólio. A empresa deve competir para vencer concessões no próximo leilão de transmissão que será no dia 30 de junho e promete ser o maior da história”, pondera Winalda. Além disso, o Inter mantém a preferência pela Alupar, com preço-alvo em R$33 para as Units.