Investing.com – Ainda que não tenha cobertura formal sobre as ações da Itaúsa (BVMF:ITSA4), o BTG avalia que a empresa estaria sendo negociada com desconto excessivo. Com base no último preço de fechamento, o desconto de holding estaria próximo de 20%, e, segundo o BTG (BVMF:BPAC11), estaria muito elevado diante de eventuais gatilhos positivos provenientes da reforma tributária.
“A Itaúsa tem valor de mercado de R$92 bilhões, enquanto suas participações no Itaú (BVMF:ITUB4) e XP (BVMF:XPBR31) (ambas assumindo os últimos preços de fechamento) totalizam R$ 102 bilhões, implicando um -R$ 14 bilhões avaliação (negativa) do restante do seu portfólio (Alpargatas (BVMF:ALPA4), Dexco (BVMF:DXCO3), Aegea, Copa Energia, NTS e CCR (BVMF:CCRO3)), o que parece injusto dada a sua qualidade e relevância”, detalham os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.
Desalavancagem e desinvestimento
Após encontro com executivo da companhia em que tratou de diversificação de portfólio, os analistas consideram novos investimentos improváveis por enquanto. Apesar disso, o CFO teria ponderado que a equipe de M&A está constantemente buscando boas oportunidades no mercado. Depois de entrar na CCR com 10% de participação em 2022, a holding estaria voltada para consolidação do portfólio, além do desinvestimento gradual da XP, que deve seguir até o final do ano.
“A empresa não descarta a possibilidade de vender a participação remanescente (2,7% ou R$ 1,8 bilhão) durante o resto do ano, mas obviamente depende das condições de mercado e liquidez, ao mesmo tempo que visa a otimização fiscal”.
Às 15h36 (de Brasília) desta quinta, 21, as ações da Itaúsa recuavam 1,49%, a R$9,25.