Por Jenna Zucker
(Reuters) - Os atores Jessica Chastain e Peter Sarsgaard levaram o glamour de Hollywood ao Festival Internacional de Cinema de Toronto com seu drama familiar "Memory" em meio a greves que têm mantido a maioria das celebridades fora dos eventos.
O filme obteve um acordo provisório do sindicato Screen Actors Guild (SAG) e da American Federation of Television and Radio Artists (AFTRA), permitindo que as estrelas promovessem seu trabalho em um festival que, em sua maioria, não teve estrelas devido às greves de roteiristas e atores.
Sarsgaard participa da estreia norte-americana do filme depois de receber o prêmio de melhor ator no Festival de Cinema de Veneza, que marca o início da temporada de premiações e costuma apresentar grandes favoritos ao Oscar.
"Memory" é um drama sobre a personagem de Chastain, Sylvia, que tenta superar o abuso do passado enquanto luta para construir um futuro. Para o diretor Michel Franco, a história é importante porque se concentra em pessoas que são frequentemente ignoradas pela sociedade.
"Ela (história) surgiu da minha necessidade de lançar luz sobre as pessoas desestruturadas", disse ele. "São personagens maduros que parecem não ter oportunidade de serem felizes."
Para Sarsgaard, que interpreta um homem com demência de início precoce chamado Saul, o filme trata de conexão e de trabalhar com o trauma.
"Esse tipo de filme é para conectar as pessoas de volta com... o que é ser um humano, seja qual for a forma", afirmou ele.
Sylvia e Saul constroem um relacionamento improvável depois que ele a segue até sua casa após uma reunião escolar, levando os personagens a confrontar seu passado.
"Existe uma saída para o trauma por meio do amor", disse Chastain, e ela espera que esse filme ajude o público a perceber isso em suas próprias vidas.