Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-presidente e candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira que, se eleito, irá recriar o Ministério da Cultura, que disse ter sido destruído pelo atual governo, e afirmou que pretende discutir a inclusão do Carnaval no Orçamento de União, Estados e municípios.
Lula ressaltou que a indústria do Carnaval movimenta bilhões de reais e precisa de uma atenção especial dos governos. Segundo ele, apesar da importância econômica, as escolas de samba precisam “mendigar“ ajuda e apoio financeiro dos governos.
"Nós vamos definir com vocês, não pode ser uma coisa do Estado, tem que ser uma discussão para a gente definitivamente tratar o samba como se fosse uma indústria de geração de oportunidades para o povo brasileiro... não pode ficar mendigando ajuda e tem que estar no Orçamento do Estado, cidade e da nação para fazer uma coisa mais profissional. Esse é o compromisso que quero ter com vocês“, disse Lula em evento com representantes do Carnaval e do samba na quadra da escola de samba Unidos da Tijuca.
O ex-presidente prometeu recriar o “destruído“ Ministério da Cultura, que atualmente é uma secretaria.
Lula, que estava acompanhado do companheiro de chapa, Geraldo Alckmin, se reuniu mais cedo no Rio com reitores de universidades e continuará na cidade na quinta-feira para encontros e um ato político na Cinelândia que marcará apoio ao candidato do PSB ao governo do Estado, deputado Marcelo Freixo.
Freixo criou uma saia justa para coligação PT-PSB ao defender que o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) desista da candidatura ao Senado em favor do candidato do PT, André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Molon e Cecíliano estiveram no evento de Lula nesta quarta-feira, mas só o presidente da Alerj subiu ao palco para discursar.