Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu, durante almoço com servidoras no Dia Internacional da Mulher, que as conquistas das mulheres no país são demoradas, e que a participação na política não pode ser "um favor do governo".
Lula reuniu cerca de 100 mulheres, funcionárias de vários escalões do governo, além de ministras, para uma feijoada. Segundo sua mulher, Janja, foi ideia do próprio presidente, que propôs o almoço de comemoração.
"Nossas conquistas no Brasil são muito demoradas, e a das mulheres mais ainda", disse Lula, no restaurante da Tia Zélia, reduto histórico do petismo em Brasília.
Em seguida, falou das tentativas de ampliar a participação das mulheres na política -- dos 38 ministros do governo, 9 são mulheres.
"A participação das mulheres na política não pode ser favor de governo, é uma conquista de vocês", afirmou.
A escolha do local do almoço é simbólica para o presidente. Cozinheira favorita de Lula na capital, tia Zélia era levada ao Planalto nos primeiros mandatos para cozinhar para ele sua famosa rabada, prato predileto de Lula, já que o presidente não podia ir mais ao restaurante pelo tumulto.
O local se transformou em um reduto petista e sofreu durante os anos de pandemia e no governo Bolsonaro, mas voltou à moda a partir do ano passado.