Apesar de pressão nas margens, esta ação da B3 escolhida por IA bate o CDI em 2025
Investing.com – O banco norte-americano Jefferies iniciou a cobertura das ações de Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) com a recomendação de “Compra” a um preço-alvo de R$ 13,60, com um potencial de valorização 47,6% em relação ao fechamento de ontem (queda de 4,06% a R$ 9,21). Em relatório distribuído a clientes, os analistas do Jefferies apresentam o Magazine Luiza como “varejista versátil com melhoras nos retornos e valuation descontado”.
Na avaliação do Jefferies, o preço-alvo calculado implica uma relação EV/Ebitda 7,2x no fim de 2025. Atualmente, o valuation de Magazine Luiza está próximo das mínimas históricas, segundo o banco norte-americano, a 6,3x EV/Ebitda para o fim deste ano.
“O momento de vendas está fraco, mas espera-se uma melhora devido à expansão de crédito e novas iniciativas”, afirmam os analistas do Jefferies, que preveem melhora das margens sem novos investimentos, o que deve elevar o retorno sobre o capital investido da empresa (representado pela sigla RoIC).
Outro ponto crítico da empresa, a alavancagem ainda pressiona o resultado devido à elevada taxa de juros no Brasil, atualmente a 14,75% ao ano. “Mas a desalavancagem deve continuar”, aponta o Jefferies, citando o recuo da alavancagem de 12,7x Ebitda no primeiro trimestre de 2022 para 4,5x neste momento.
“Vemos o Magazine Luiza como uma das melhores apostas em taxas de juros, já que estimamos que uma queda de 1,0 p.p. aumentaria o EBT em 166%”, calculam os analistas do Jefferies sobre o lucro antes de impostos (EBT, na sigla em inglês). Independentemente se o fim do ciclo atual de alta da taxa Selic se encerrou em maio ou termina com uma subida adicional de 25 pontos-base no encontro de junho do Copom, o mercado já projeta quando pode se iniciar o ciclo de baixa da taxa Selic, se no fim deste ano ou no começo de 2026, e isso deve beneficiar as ações do Magazine Luiza, especialmente com a queda dos juros futuros de prazos mais longos, o que acaba afetando positivamente as ações da varejista.
“O Magalu tem superado os concorrentes desde 2021 e está bem posicionado para o próximo ciclo de taxas de juros e bens duráveis no Brasil”, completam os analistas do Jefferies, citando também que outras iniciativas da empresa, como a direção para uma presença omnichannel com iniciativas desde serviços financeiros até serviços na nuvem, devem melhorar margens e retornos da companhia.